Cerca de 47% da população iniciou esquema vacinal ou recebeu imunizante de dose única

O Brasil bateu nesta terça-feira (27) a marca de 100 milhões de pessoas vacinadas contra a covid-19 com pelo menos uma dose, 191 dias após o início da campanha de imunização no país.

Segundo dados do Ministério da Saúde, 96,5 milhões já receberam a primeira dose de um dos imunizantes CoronaVac, Pfizer ou AstraZeneca, enquanto 3,87 milhões tomaram a vacina de dose única da Janssen, totalizando 100,4 milhões.

Este número representa cerca de 47% da população total do Brasil. Mas cabe ressaltar que ainda não há liberação do PNI (Programa Nacional de Imunizações) para vacinar menores de 18 anos contra a covid-19, embora algumas cidades já estejam aplicando vacinas em adolescentes com comorbidades.

Ainda conforme os números de hoje, 38 milhões completaram o esquema vacinal, seja com duas doses ou dose única, aproximadamente 17,8% da população total e 24% dos adultos acima de 18 anos.

A diferença entre primeira e segunda doses se deve principalmente ao intervalo de 12 semanas adotado para as vacinas da AstraZeneca e Pfizer.

Como estes dois imunizantes começaram a ser usados em grandes grupos da população — e em maiores volumes — a partir de maio e junho, essas pessoas só vão concluir o esquema vacinal a partir de agosto e setembro.

Com o avanço da variante Delta e a previsão de um número mais significativo de vacinas nos próximos meses, o governo irá reduzir de 12 semanas para 21 dias o intervalo entre as doses da Pfizer. Este é o período estipulado em bula.

A medida acelera a conclusão do esquema vacinal deste grupo. Ainda não há consenso em relação à vacina da AstraZeneca, já que a bula prevê a segunda dose entre 8 e 12 semanas, sendo que o período mais longo fornece uma resposta imunológica melhor em relação ao mais curto.

Ontem, a secretária extraordinária de enfrentamento à covid-19, Rosana Leite, afirmou que o governo deve receber 63 milhões de novas doses de imunizantes no mês de agosto. 

Ela salientou que todos os grupos prioritários já estão cobertos. Mas conforme a vacinação avança por faixa etária, são necessárias mais doses por se tratar de populações em maior número. 

Fonte: R7