Durante o verão, a época mais quente do ano, é preciso redobrar os cuidados com a exposição ao sol, hidratação e alimentação para evitar problemas de saúde. Nesse período do ano, com a maior frequência de pessoas nas praias, aumenta-se o consumo de alimentos e bebidas comercializados em ambientes abertos, muitas vezes de origem incerta, que podem causar problemas à saúde.
A Vigilância Sanitária Estadual listou, em uma nota técnica, alguns cuidados básicos para aproveitar o período de forma saudável e minimizar os riscos de contaminação alimentar e outros problemas de saúde comuns no período. A intenção do documento é orientar a população em geral sobre consumo de alimentos, protetor solar, bronzeador e repelentes, e evitar problemas com a saúde durante o verão.
Atenção à hidratação
A sede é um dos primeiros sintomas de que o corpo está desidratando. Ela ocorre quando a pessoa perde mais líquido do que ela ingere.
Durante o verão, a desidratação ocorre principalmente em crianças e idosos, e pode ter sérias complicações. Em quadros de desidratação leves e moderados, além do aumento da sede, os principais sintomas são fraqueza, pressão baixa, cansaço e sonolência.
Por isso, a primeira regra para manter a boa hidratação do corpo é ingerir muita água, já que o corpo humano é composto por cerca de 70% de água e os órgãos necessitam deste nutriente para manter o funcionamento regular.
Frutas com alta concentração de água também podem ser consumidas pois, além de manter o equilíbrio na alimentação, auxiliam no processo de hidratação do corpo. É importante ingerir sucos naturais e frutas que contenham altas concentrações de água e baixo índice glicêmico como abacaxi, maçã, pera, melão e uva, por exemplo.
Refrigerantes e sucos de caixinha são produtos industrializados e ricos em açúcares e conservantes, que são prejudiciais à saúde e devem ser evitados.
Para controlar a hidratação do corpo, é preciso observar a cor da urina, que deve estar preferencialmente transparente ao longo de todo o dia.
Cuidados com a alimentação
No verão, as chamadas Doenças Transmitidas por Alimentos (DTAs) podem ocorrer com maior frequência. Essas DTAs são provocadas pelo consumo de alimentos contaminados com micro-organismos prejudiciais à saúde, parasitas ou substâncias tóxicas. A maior parte delas pode ser prevenida por meio da adoção de procedimentos higiênicos por quem manipula os alimentos. A exposição dos alimentos a temperaturas elevadas favorece o crescimento dos micro-organismos prejudiciais à saúde, por isso é importante não consumir alimentos sem garantia de procedência.
É importante que o consumidor não compre alimentos com a embalagem perfurada, suja, amassada, estufada ou trincada.
Para evitar a contaminação por alimentos e bebidas é preciso beber água tratada desde que esteja acondicionada em embalagens lacradas, ou seja, de uma fonte segura; evitar adicionar gelo de procedência desconhecida às bebidas; assegurar-se de que todo alimento esteja bem cozidos, fritos ou assados, destacando que os alimentos perecíveis devem ser mantidos em baixa temperatura (abaixo de 5°C) ou bem aquecidos (acima 60°C); evitar o consumo de frutos do mar crus; evitar consumir leite e seus derivados crus; evitar o consumo de preparos culinários que contenham ovos crus; e sempre verificar a data de validade dos produtos.
Saúde da pele
Também durante o verão a exposição ao sol e raios ultravioletas é maior, por isso o uso de protetor solar é fundamental para evitar queimaduras, inclusive durante a prática de atividades ao ar livre.
Por conta disso, a Vigilância Sanitária Estadual orienta sobre os cuidados simples que podem fazer a diferença na proteção da pele contra os danos dos raios solares: opte por produtos de qualidade, registrados na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), observando se as embalagens apresentam o número de registro do produto, a indicação do fator de proteção solar, o modo de usar, prazo de validade, a indicação da necessidade de reaplicação para manter a sua eficácia entre outras orientações.
Quanto ao uso de equipamentos para bronzeamento artificial estético, diante da dificuldade de determinar o nível de exposição seguro, o recomendado é utilizar somente produtos regulamentados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).