Estreia do japonês externou que o seu status de protagonista deve assumir a dianteira em 2020; Autouri, contudo, precisa encontrar uma formação moldada às suas características
O Botafogo
tropeçou contra o Bangu e segue com apenas quatro vitórias em nove jogos
realizados pelo Campeonato Carioca. No último domingo, empate com o
Bangu em 1 a 1, no Nilton Santos, quando Paulo Autuori teve a primeira
chance de ver Keisuke Honda em ação. E a atuação do japonês externou que
o seu status de protagonista deve assumir a dianteira em 2020, mas o
técnico precisa encontrar uma formação moldada às suas características.
Honda atuou durante 63 minutos e marcou um gol, de pênalti, repetindo as estreias em 2017, pelo Pachuca e, em 2018, pelo Melbourne Victory-AUS.
Mais do que a bola na rede, o camisa 4 foi ativo em boa parte das ações
ofensivas da equipe, circulando por dentro, por trás do trio Luis
Henrique, Bruno Nazário e Rafael Navarro – mais avançados. Ou seja, a
transição defesa-ataque com pontas velozes deu espaço a um time mais
cadenciado e em busca de mais posse de bola.
É fato que a
primeira partida de Honda pelo Botafogo foi ofuscada pelos portões
fechados e naturais receios quanto ao coronavírus, mas o talento do meia
em articular e ler as melhores jogadas traz um alento para um time que
ainda busca encaixar-se a um perfil e ser mais incisivo ao longo dos 90
minutos, já que, com frequência, o ritmo tem caído nas etapas finais.
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Aliás, novamente com o Botafogo em queda no segundo tempo, Honda se mostrou insatisfeito ao ser substituído – no banco, questionou a alteração de Autuori. Além do atleta, boa parte da torcida também ficou na bronca por conta da sensação de “quero mais”, uma vez que, como a Copa do Brasil já estava suspensa (e o Botafogo jogaria na quarta), Honda poderia ter tido os minutos derradeiros para acumular mais rodagem com os companheiros.
Agora, além do torneio nacional, todas as atividades estão paralisadas por, pelo menos, 15 dias – incluindo Carioca e os próprios treinos. Paulo Autuori terá tempo de sombra para solidificar uma estrutura de equipe em sua cabeça para, ao retorno da rotina, pôr em prática as ideias e, enfim, engrenar o time no ano.
NÚMEROS DE HONDA NA ESTREIA*
1 gol
2 finalizações (1 certa)
30 passes certos (1 passe errado)
2 passes para finalizações
2 lançamentos certos
3 faltas sofridas
3 perdas de bola
63 minutos em campo
Fonte: Lance