País ultrapassou a China em número de vítimas fatais de covid-19 e ainda enfrenta um crescimento no número de contaminações
A Itália já é o país do mundo com mais mortes devido ao coronavírus, um total de 3.405, superando a China, o local de origem da pandemia, e o governo pode aprovar hoje a extensão das restrições de movimento para além de 3 de abril e apertar as proibições.
Os números mais recentes sobre a pandemia no país, com dados contabilizados até a quinta-feira (19), mostraram que as infecções não estão parando, com mais de 33.000 pessoas infectadas com o novo coronavírus. Foram mais de 2.600 em 24 horas — e 427 novas mortes
Quase todas estas novas mortes ocorreram na Lombardia, onde a situação é catastrófica. O presidente desta região, Attilio Fontana, pressiona o governo nacional, liderado pelo primeiro-ministro Giuseppe Conte, a reforçar as regras de isolamento social que confinaram os italianos por quase duas semanas e pediu a mobilização do exército nas ruas.
“A presença dos militares tem um grande efeito para dissuadir as pessoas. Você pensa duas vezes antes de sair quando vê uma patrulha do exército passar”, disse Fontana hoje em uma entrevista de rádio.
Exército nas ruas
Outros presidentes regionais e prefeitos pedem o destacamento do Exército. O ministro da Defesa, Lorenzo Guerini, confirmou a “disponibilidade total” para os militares participarem do gerenciamento desta emergência.
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Também há propostas para o endurecimento das regras da quarentena, diante das constantes queixas de que muitas pessoas estão ignorando as normas.
A Lombardia, por exemplo, quer reduzir ainda mais os motivos permitidos para sair de casa — atualmente é possível trabalhar, comprar alimentos ou remédios ou um motivo de emergência — e proibir expressamente a prática de esportes ou caminhadas.
Escolas fechadas até setembro
O governo nacional da Itália já teria um novo decreto sobre a mesa, estabelecendo, entre outras medias, o fechamento de supermercados aos domingos ou durante todo o final de semana, ou que o horário de funcionamento seja reduzido. Também seriam encerradas outras atividades que ainda persistem, como fábricas.
O Ministério da Educação já pressupõe que escolas e universidades não reabrirão suas portas em 3 de abril, como define o atual decreto. Embora a ministra Giulia Azzolina tenha dito que os estudantes não perderão o curso pois estão estudando on-line, não está descartado que eles não voltem às aulas até setembro.
O primeiro-ministro já anunciou ontem que as limitações serão “inevitavelmente” prolongadas para além de 3 de abril.
Fonte: R7