O governado explicou que deverão fechar a partir de terça-feira todos os comércios do estado; restaurantes e bares só poderão trabalhar por delivery

Na oitava entrevista coletiva do governo de São Paulo sobre o novo coronavírus, o governador Joao Doria (PSDB) anunciou neste sábado (21) que os 645 municípios do estado entram em quarentena a partir de terça-feira (24), por 15 dias.

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A quarentena, explicou Doria, significa o fechamento de todos os comércios e serviços não essenciais à população pelo período de 15 dias, de 24 de março a 7 de abril.

Doria acrescentou que lanchonetes, bares e restaurantes só poderão funcionar através do serviço de delivery, mas que supermercados e padarias, que funcionam como mercados de bairro, podem continuar operando.

“Todos os outros devem fechar as suas portas a partir do dia 24. O uso de delivery é uma forma criativa de se manterem funcionando e garantirem o emprego de seus funcionários”, disse o governador.

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Doria anunciou ainda que serviços de transporte público como trens, ônibus, metrôs, aplicativos e táxis continuam funcionando, “com os resguardos necessários para evitar a propagação do vírus”.

Também continuam operando serviços de segurança pública e de saúde.

Ele também, ao lado do prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), reforçou para a população proteger as pessoas com mais de 60 anos, grupo mais vulnerável à covid-19. “Elas devem permanecer em casa. A crise vai trazer lições importantes: dores, tristeza, mas também solidariedade e o convívio em família.”

“Sabemos que estamos numa guerra, e ela vai ser vencida com deciões rápidas e claras e com a ajuda de absolutamente todos”, afirmou Doria. Ele também pediu para os paulistas buscarem meios de comunicação confiáveis para se informar e, assim, fugirem das fake news.

“Não é um momento político, não é um momento de campanha eleitoral, não é o momento de agressões, é o momento de estarmos unidos”, discursou.

Colapso descartado

Doria afirmou que não acredita no colapso do sistema de atendimento comentado nesta semana pelo ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta. “Em São Paulo não teremos essa situação”, afirmou.

O coordenador do grupo de combate ao coronavírus, David Uip, foi na mesma linha. Segundo ele, as medidas estão sendo tomadas para ampliar a capacidade do sistema e é possível a criação dos leitos necessários para o avanço da pandemia.

Uip destacou ainda que apenas 20% dos infectados ficarão realmente doentes e por isso a atenção primária, feita principalmente pelas autoridades municipais, será essencial para evitar a sobrecarga dos hospitais.

Fonte: R7