Apesar de a maior preocupação, no momento, ser com a pandemia do Novo Coronavírus, doenças provocadas pelo Aedes aegypti seguem causando mortes
Em tempos de pandemia do Novo Coronavírus, um velho conhecido do capixaba continua agindo e provocando mortes no Espírito Santo: o mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, chikungunya e zika vírus.
De acordo com informações do boletim epidemiológico mais recente da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), divulgado nesta quinta-feira (08), 25.495 casos suspeitos de dengue foram notificados no Espírito Santo até o último sábado (04). Seis pessoas já morreram este ano no estado, em virtude da doença.
Ainda segundo a Sesa, a incidência de dengue no Espírito Santo está em 634,42 casos por 100 mil habitantes. O município capixaba com a maior incidência da doença é Ecoporanga, no noroeste do estado. Nas últimas quatro semanas, foram 1.618,5 casos por 100 mil habitantes na cidade.
Os outros municípios do Espírito Santo que apresentaram incidência alta nas últimas quatro semanas — mais de 300 casos por 100 mil habitantes — foram São Gabriel da Palha, Boa Esperança, Vitória, Linhares, São Roque do Canaã e Colatina.
Outra doença causada pelo Aedes aegypti, a chikungunya também já provocou morte este ano no Espírito Santo. Segundo a Sesa, 7.300 casos da doença já foram notificados no estado, até o último sábado, e uma pessoa morreu.
Com relação ao zika vírus, 509 casos suspeitos foram notificados no Espírito Santo em 2020, segundo a Secretaria de Saúde.
Mudança do tempo
De acordo com a Sesa, com a chegada da chuva, no mês de abril, a população precisa ficar ainda mais atenta para evitar o acúmulo de água parada, ambiente propício para o surgimento de criadouros do Aedes aegypti.
Além disso, a secretaria alerta que é preciso atenção, pois os ovos colocados pelos mosquitos nas últimas semanas, em contato com a água das chuvas, irão eclodir, o que aumenta os riscos de proliferação do mosquito.
Fonte: Folha Vitória