O médico notou que o bebê não apresentava batimento cardíaco
A Polícia Civil de Manaus recebeu, de familiares de um bebê natimorto, a denúncia de que o corpo da criança desapareceu da maternidade do hospital Moura Tapajós, localizado na Zona Oeste de Manaus, enquanto o pai, Ronildo da Silva Leite, assinava os documentos para o sepultamento do filho.
O caso aconteceu no último sábado (9), e os pais suspeitam que o corpo da criança tenha sido levado por engano pelo serviço que recolhe resíduos sólidos do hospital.
O boletim de ocorrência foi registrado nesta segunda-feira (11) na Delegacia Especializada em Proteção à Criança e ao Adolescente (DEPCA) pelo pai, que foi ouvido na delegacia.
Em depoimento o pai disse que a família estava ansiosa na espera da menina, que mesmo natimorta recebeu o nome de Rakuielly Ilana de Souza Leite. Seria a primeira filha com a companheira Rebeca de Souza Ferreira.
Ainda no depoimento o pai disse que a gravidez foi tranquila e que o pré-natal seguiu as orientações médicas.
Ronildo explicou que na sexta-feira (8), pela manhã, Rebeca amanheceu com dores abdominais e o casal foi ao hospital, onde foram bem atendidos, conta.
No exame o médico notou que o bebê não apresentava batimento cardíaco.
Por isso, a mãe fez uma ultrassonografia, que revelou aos pais a morte da filha. Ilna já estava morta dentro da barriga da mãe há dois dias.
Ainda na maternidade, na madrugada de sexta para sábado, a mãe conseguiu expelir o bebê de forma espontânea. A mãe contou que teve contato físico com a filha.
Rebeca recebeu a alta e foi informada que o corpo da filha seria liberado para sepultamento.
O pai foi ao cartório assinar os documentos da certidão de óbito e voltou a maternidade. Lá, uma assistente social pediu para que ele assinasse documentos para liberação do corpo de Ilana, entretanto, ela não estava mais lá.
O pai foi informado pelo hospital sobre a possibilidade de o corpo da filha ter sido levado junto aos demais fetos do hospital.
Ronildo então recorreu à polícia para que o corpo da filha seja encontrado e a família possa enterrá-la. De acordo com o pai, o serviço funerário já estava pago.
A Secretaria Municipal de Saúde (Semsa) abriu uma sindicância administrativa para investigar a responsabilidade do caso e adotar medidas cabíveis.
Fonte: Jornal de Brasília