Cidade contabiliza, ao todo, três mortes em decorrência da doença, incluindo os óbitos da mãe e do avô das irmãs
As irmãs Dalylla Lopes, de 27 anos, Talytta, 22, e Samylla, 21, moravam em Alto Araguaia-MT, cidade com 23 casos confirmados do novo coronavírus. Seis dias após perderem a mãe, Lígia Suely Lopes, de 42 anos, para a Covid-19, as irmãs deixaram a cidade em busca de um pouco de paz.
As irmãs também tiveram que lidar com a perda do avô paterno, Joaquim de Oliveira, de 74 anos, que também faleceu após contrair o coronavírus. A cidade contabiliza, ao todo, três mortes em decorrência da doença, incluindo os óbitos de Lígia e de Joaquim
Dalylla e outros quatro integrantes da família também foram contaminados pela Covid-19, mas conseguiram se recuperar. Os primeiros casos registrados na cidade foram diagnosticados entre os parentes das irmãs, o que gerou diversas acusações por parte dos moradores.
A BBC News Brasil entrou em contato com as irmãs, que comentaram a respeito das acusações que receberam nas redes sociais. “Disseram que fomos as responsáveis por levar o vírus para a nossa cidade. Recebemos muitas críticas. Isso tudo é muito triste”, relatou Dalylla.
As irmãs Dalylla Lopes, de 27 anos, Talytta, 22, e Samylla, 21, moravam em Alto Araguaia-MT, cidade com 23 casos confirmados do novo coronavírus. Seis dias após perderem a mãe, Lígia Suely Lopes, de 42 anos, para a Covid-19, as irmãs deixaram a cidade em busca de um pouco de paz.
As irmãs também tiveram que lidar com a perda do avô paterno, Joaquim de Oliveira, de 74 anos, que também faleceu após contrair o coronavírus. A cidade contabiliza, ao todo, três mortes em decorrência da doença, incluindo os óbitos de Lígia e de Joaquim.
Dalylla e outros quatro integrantes da família também foram contaminados pela Covid-19, mas conseguiram se recuperar. Os primeiros casos registrados na cidade foram diagnosticados entre os parentes das irmãs, o que gerou diversas acusações por parte dos moradores.
A BBC News Brasil entrou em contato com as irmãs, que comentaram a respeito das acusações que receberam nas redes sociais. “Disseram que fomos as responsáveis por levar o vírus para a nossa cidade. Recebemos muitas críticas. Isso tudo é muito triste”, relatou Dalylla.
“Estamos vivendo à base de remédios para dormir. A nossa vida nunca vai ser a mesma. Além das perdas, precisamos lidar com a falta de empatia das pessoas. Toda hora recebemos algum comentário maldoso nas redes sociais”, lamenta Talytta.
As irmãs explicam que, no início de maio, Dalylla foi visitar uma amiga que mora em uma cidade próxima. Dalylla acreditava que estaria segura, já que não havia registros da doença na região. No entanto, uma outra colega da amiga de Dalylla também estava na casa e essa colega havia acabado de chegar do Sul do país.
Dalylla relata que foi à casa da amiga junto com o filho caçula, de nove meses, com quem a mulher que havia vindo do sul brincava. Dalylla acredita que o contágio tenha ocorrido nesses momentos de descontração.
A mulher testou positivo para a Covid-19 alguns dias depois, foi o primeiro caso registrado na região. Passados mais alguns dias, Dalylla e o filho começaram a apresentar sintomas da doença. Em seguida, a mãe, os avós e a irmã do meio, Talytta, também apresentaram sintomas. A caçula, Samylla, e os dois filhos mais velhos de Dalylla não tiveram sintomas.
Lígia havia deixado de atuar como técnica de enfermagem há alguns anos para trabalhar em uma associação comercial da cidade.
Após a o registro dos primeiros casos confirmados na família, as irmãs passaram a receber diversas críticas por parte dos moradores. Após a tragédia dos dois óbitos, as acusações ficaram ainda mais intensas.
Atualmente, as irmãs, que moravam em uma casa alugada em Alto Araguaia, optaram por sair da cidade. Elas se mudaram para um município em um Estado vizinho acompanhadas da avó, de 68 anos, que também contraiu a Covid-19.
Fonte; jornal de Brasília