É a segunda pessoa a falecer nesta semana. A vítima, cujo nome não foi revelado, tinha 65 anos e estava internada desde dezembro do ano passado
Morreu neste sábado, 18, em Belo
Horizonte, a décima vítima de intoxicação após consumo da cerveja
Belorizontina, da fábrica Backer. A informação é da Polícia Civil de
Minas Gerais. A corporação não revelou o nome, mas disse que a vítima
tinha 65 anos e estava internada desde dezembro do ano passado. É a
segunda pessoa a falecer nesta semana em decorrência do consumo da
bebida, seis meses depois de se tornarem públicos os casos de
contaminação pela cerveja.
No dia 9 do mês passado, 11 pessoas
foram indiciadas pela Polícia Civil por homicídio culposo, quando não há
intenção de matar, lesão corporal e contaminação alimentícia no
inquérito que apurou a intoxicação de 29 pessoas que consumiram a
Belorizontina. As investigações apontaram técnicos da empresa como os
principais responsáveis pela contaminação.
Foram indiciados por
homicídio culposo, lesão corporal culposa e contaminação de produto
alimentar o chefe de manutenção e seis técnicos do setor de produção da
Backer. Três integrantes do comando da cervejaria foram indiciados por
contaminação de produto alimentício e por não dar publicidade a produto
alimentar contaminado. Também foi indiciada testemunha que mentiu
durante depoimento. Os nomes dos indiciados não foram revelados.
Segundo
as investigações, a substância dietilenoglicol, altamente tóxica,
utilizada pela empresa no processo de resfriamento externo de
equipamentos da linha de produção, estava contaminando a cerveja via
rachaduras que não teriam sido identificadas pela fábrica. Um dia depois
dos indiciamentos, a Backer disse que a conclusão das investigações não
condizia com as provas coletadas pelos policiais.
A Backer
informou que não vai comentar a décima morte atribuída ao consumo da
Belorizontina. Na última quarta-feira, 15, José Osvaldo de Faria, de 66
anos, morreu no Hospital Madre Teresa, na capital, onde estava internado
desde fevereiro do ano passado depois de consumir a cerveja.
Durante
a internação, conforme informações de sua mulher, Eliana Reis, teve
cinco paradas cardiorrespiratórias, estava cego e com paralisia nas
pernas. A família afirma que o caso de Osvaldo é um dos primeiros de
contaminação pela cerveja. A polícia confirmou que os dois falecimentos,
o de sábado e o de quarta-feira, fazem parte do inquérito que apura as
mortes pelo consumo da cerveja.
Fonte: Estadão