Ministério da Saúde deve investir R$ 522 milhões para ampliar a capacidade nacional de produção de vacinas. Diretor afirma que a vacina terá baixo custo
Uma notícia traz esperança aos brasileiros no enfrentamento à pandemia: a Fundação Oswaldo Cruz anunciou que deve produzir 100 milhões de doses de vacina contra o novo coronavírus , a partir de dezembro. A novidade é resultado da assinatura de um termo entre a Fiocruz e a farmacêutica britânica AstraZeneca. O documento servirá de base para o acordo de transferência de tecnologia entre os laboratórios e a produção em larga escala da vacina.
O medicamento está sendo desenvolvido pela empresa do Reino Unido, em conjunto com a Universidade de Oxford, e já se encontra em fase de testes clínicos em vários países, incluindo o Brasil.
O acordo entre a Fiocruz e a AstraZeneca celebra a parceria entre os governos brasileiro e britânico anunciada, em 27 de junho, pelo Ministério da Saúde. A assinatura do acordo de encomenda tecnológica está prevista para a segunda semana de agosto e deve garantir o acesso a 30 milhões de doses da vacina entre dezembro e janeiro de 2021 e mais 70 milhões ao longo dos dois primeiros trimestres do próximo ano.
O memorando de entendimento define os parâmetros econômicos e tecnológicos para a produção da vacina. O diretor de Bio-Manguinhos, unidade da Fiocruz produtora de imunobiológicos, Mauricio Zuma, explica que o acordo vai garantir que o Brasil tenha condições de fabricar o medicamento de forma independente.
O Ministério da Saúde prevê um investimento de R$ 522 milhões na estrutura de Bio-Manguinhos, para ampliar a capacidade nacional de produção de vacinas. Outro montante, no valor de R$ 1,3 bilhão, será usado para pagamentos previstos no contrato de encomenda tecnológica.
E para melhorar ainda mais a boa notícia, o diretor de Bio-Manguinhos ressalta que a vacina terá baixo custo.
O medicamento produzido por Bio-Manguinhos também será distribuído pelo Programa Nacional de Imunização, que atende o SUS, Sistema Único de Saúde. O acordo com a AstraZeneca permitirá, além da incorporação tecnológica desta vacina, o domínio de uma plataforma para desenvolvimento de outras drogas destinadas à prevenção de enfermidades, como a malária.
Fonte: Rádio Agência Nacional/Agência Brasil