Ventos oceânicos
A Petrobras e a empresa norueguesa Equinor (ex-Statoil) assinaram um memorando de entendimentos para o desenvolvimento conjunto de negócios para atuarem no segmento de energia eólica em alto mar (offshore) no Brasil.
A estatal já construiu uma planta piloto, com cata-ventos com capacidade de geração de 6 a 10 megawatts (MW). Eles serão instalados em Guamaré, no Rio Grande do Norte.
A escolha da região não é casual: considerando também o Ceará, o potencial eólico em alto mar dos dois estados é de cerca de 140 GW (gigawatts). Isso equivale a mais de dez vezes a capacidade – e 90% da potência total – instalada hoje no Brasil.
A Petrobras tem quatro parques eólicos no Rio Grande do Norte, com 104 MW de capacidade, que foram negociados no Ambiente de Comercialização Regulado (ACR) no leilão de energia de reserva de 2009 e entraram em operação em 2011. Ainda no Rio Grande do Norte, a companhia tem uma planta de pesquisa e desenvolvimento em energia solar fotovoltaica de 1,1 MW, onde estão sendo avaliadas as operações de quatro tipos de tecnologia.
A Equinor opera três parques eólicos na costa do Reino Unido e desenvolve outros projetos eólicos offshore no Reino Unido, Alemanha e nos Estados Unidos. A empresa, líder mundial em captura e armazenamento de carbono (CCS), é pioneira no desenvolvimento de soluções para projetos de eólicas oceânicas para águas profundas.
Investimentos em energia renovável
O diretor de Estratégias da Petrobras, Nelson Silva, disse que o plano da estatal para o período 2019/2023 dará mais espaço para investimentos em energia renovável. O plano detalhado deverá ser anunciado no início de dezembro. “Diferente de planos anteriores, que a gente mencionava uma intenção, agora a gente vai começar a caminhar mais nessa direção,” disse.
Segundo o diretor, se for viável, a estatal poderá aumentar ainda mais a participação em energias renováveis. “Se forem identificadas oportunidades que podem ser desenvolvidas, a intenção é dedicar parte do capital da companhia para esses projetos, mas antes de tudo isso vem a análise econômica. Tem que ser viável economicamente falando”.
Para o diretor, a participação em renováveis é uma tendência do mercado de energia mundial. Apesar de representar ainda uma parcela menor do total da matriz mundial, é a que mais cresce. “É passo a passo, não será uma mudança radical. Já estamos com atividade nessa área, ainda que modesta, mas a gente quer crescer um pouco mais”.
Fonte: Inovação tecnologica