Inflamado em seu discurso, o ex-jogador do Corinthians reiterou sua revolta e deixou claro que espera que o Santos não concretize o acerto com o atacante
O ex-jogador Casagrande, 57, mostrou indignação com os fatos que vieram à tona nesta sexta-feira (16) sobre a condenação de Robinho, 36, por violência sexual na Itália. O comentarista da TV Globo, que já havia se manifestado contra a contratação do atacante pelo Santos, classificou todo o episódio como inaceitável.
“Tem um trecho da música ‘Bola de Meia, Bola de Gude’, do Milton Nascimento, que fala assim: ‘Não posso aceitar sossegado qualquer sacanagem ser coisa normal’. Eu não aceito. Eu não vou me calar. Eu sou uma voz, sou inquieto e não vou me calar diante desse tipo de coisa”, afirmou, em participação no programa Globo Esporte.
Robinho foi condenado em primeira instância. Em novembro de 2017, o Tribunal de Milão julgou como procedente a acusação do Ministério Público italiano de que o atleta participara, com outros cinco homens, de violência sexual coletiva contra uma albanesa de 23 anos em uma discoteca de Milão. A situação teria ocorrido em janeiro de 2013, quando o jogador tinha 28 anos e defendia o Milan.
O ex-jogador Casagrande, 57, mostrou indignação com os fatos que vieram à tona nesta sexta-feira (16) sobre a condenação de Robinho, 36, por violência sexual na Itália. O comentarista da TV Globo, que já havia se manifestado contra a contratação do atacante pelo Santos, classificou todo o episódio como inaceitável.
“Tem um trecho da música ‘Bola de Meia, Bola de Gude’, do Milton Nascimento, que fala assim: ‘Não posso aceitar sossegado qualquer sacanagem ser coisa normal’. Eu não aceito. Eu não vou me calar. Eu sou uma voz, sou inquieto e não vou me calar diante desse tipo de coisa”, afirmou, em participação no programa Globo Esporte.
Robinho foi condenado em primeira instância. Em novembro de 2017, o Tribunal de Milão julgou como procedente a acusação do Ministério Público italiano de que o atleta participara, com outros cinco homens, de violência sexual coletiva contra uma albanesa de 23 anos em uma discoteca de Milão. A situação teria ocorrido em janeiro de 2013, quando o jogador tinha 28 anos e defendia o Milan.
Ainda segundo o Ministério Público, o grupo teria embebedado a jovem, que teria ficado inconsciente e sido levada para a chapelaria do estabelecimento, onde teria sido violentada múltiplas vezes. A defesa do jogador, à época, afirmou que não existem provas de que a relação foi sem consentimento.
As interceptações telefônicas autorizadas pela Justiça italiana na investigação foram reveladas nesta sexta-feira pelo site ge.globo, o que complicou a situação de Robinho. Sua contratação ainda precisa ser autorizada pelo Conselho Deliberativo do Santos, e existe um movimento de patrocinadores para que o clube desista do acordo.
“Eu estou assustado com a sociedade brasileira. Não é um apedrejamento no Robinho. É o apedrejamento moral da sociedade brasileira. Não podem se inverter os valores. O Robinho está condenado a nove anos de prisão por violência sexual na Itália. Recorre, mas, neste momento, é condenado”, afirmou Casagrande.
“Então, eu estou assustado com o que acontece no Brasil. O Brasil solta traficante, o vice-líder [do governo no Senado] é preso com dinheiro na cueca, a Carol Solberg, por se manifestar politicamente, sofre censura da CBV, o Santos contrata um jogador condenado por estupro”, acrescentou.
Inflamado em seu discurso, o ex-jogador do Corinthians reiterou sua revolta e deixou claro que espera que o Santos não concretize o acerto com o atacante. Fundador do movimento Esporte Pela Democracia, que levanta bandeiras como o antirracismo e a liberdade de expressão, ele avisou que vai se manter firme no que defende.
“Não estou preocupado com consequências de nada do que estou falando, porque estou falando fatos. Não estou inventando e não estou atacando ninguém. Só acho que a sociedade tem que parar de aceitar sacanagem como coisa coisa normal”, disse Casagrande.
“E é isso o que estamos fazendo: aceitar sacanagem como qualquer coisa normal. Eu não aceito! Eu me posiciono e não estou preocupado. Sou um dos muitos que têm voz de resistência, e minha voz de resistência não vai se calar perante um absurdo desses”, concluiu o comentarista.
Fonte: FolhaPress