As mulheres são investigadas pela Operação Vade Mecum suspeitas de terem participação em organizações criminosas

Duas advogadas foram detidas, nesta sexta-feira (23), em uma operação conjunta realizada pelas Polícia Civis do Espírito Santo e de Minas Gerais. Elas são investigadas pela Operação Vade Mecum, que já prendeu outras advogadas suspeitas de terem envolvimento no crime organizado. 

Segundo Romulo Segantini, titular da Delegacia Regional de Muriaé, em Minas Gerais, as advogadas presas são suspeitas de terem envolvimento com o tráfico de drogas. “A única alternativa que sobra para as organizações criminosas são os advogados, que podem entrar no presídio a qualquer hora e independentemente por revista”, destaca.https://imasdk.googleapis.com/js/core/bridge3.418.3_en.html#goog_1983103706PublicidadeBotão para controlar o volume da publicidade

De acordo com o delegado titular da Denarc de Guarapari, Guilherme Eugênio, além das duas mulheres detidas, outros dois advogados estão foragidos. “Na data de hoje, tínhamos quatro mandados de prisão preventiva. Duas pessoas foram presas e outras duas estão foragidas. Um deles inclusive, teria fugido para a Europa”, explicou Guilherme. 

Apesar das suspeitas presas serem alvo de uma investigação comandada pela polícia mineira, a Polícia Civil do Espírito Santo também investiga os alvos da operação. 

A Ordem dos Advogados do Brasil no Espírito Santo (OAB-ES) afirmou que as autoridades policiais desrespeitaram a lei ao cumprirem a ordem judicial contra as advogadas sem comunicar e ter a presença de algum representante da Ordem durante a operação. 

Segundo o órgão, na operação não houve uma comunicação expressa e nem a presença de representante, tendo a Polícia se limitado a telefonar para o Plantão da Comissão de Prerrogativas às 6h24, quando as diligências já estavam em curso. A OAB-ES garantiu que irá pedir um habeas corpus para que as advogadas possam responder o processo em liberdade. 

Procurada, a Secretária Estadual de Segurança Pública e a Polícia Civil não se manifestaram sobre o posicionamento da OAB-ES. 

Operação Vade Mecum 

O esquema criminoso foi descoberto e começou a ser investigado no primeiro trimestre deste ano, quando advogadas tentaram subornar um servidor do Centro de Detenção Prisional de Guarapari. De acordo com a polícia, a droga entrava nas unidades prisionais durante as visitas das advogadas.  

Com base nas informações, a operação foi deflagrada em Guarapari e em Vitória. Em 13 de outubro, a Polícia Civil anunciou a prisão do oitavo suspeito de participar da associação criminosa. O inspetor penitenciário, de 33 anos, facilitava a entrada dos entorpecentes e celulares no Centro de Detenção Provisória 2, em Viana

Fonte:/Record TV