Como o resultado no jogo de ida foi 1 a 1, o Flamengo tinha apenas de garantir um empate sem gols para passar de fase, devido ao gol fora de casa
Flamengo e Racing entraram em campo na noite desta terça-feira para disputar uma vaga nas quartas de final da Copa Libertadores. No chuvoso Maracanã, os times empataram em 1 a 1 no tempo normal e a partida foi para os pênaltis. O Racing levou a melhor nas cobranças e avançou à próxima fase, esperando agora a definição da série entre Internacional e Boca Juniors.
Como o resultado no jogo de ida foi 1 a 1, o Flamengo tinha apenas de garantir um empate sem gols para passar de fase, devido ao gol fora de casa. Mas, em lance infeliz, Rodrigo Caio acabou levando o segundo cartão amarelo e foi expulso. Na jogada seguinte, Sigali aproveitou vacilo da defesa rubro-negra e não titubeou. Porém, nos acréscimos, Willian Arão subiu mais que todo mundo após escanteio e igualou o placar. Só que o volante perdeu a cobrança decisiva que acabou sendo determinante pela eliminação dos cariocas.
O Racing agora espera por Inter ou Boca. O primeiro duelo entre as equipes acontece nesta quarta-feira. A partida deveria ter sido realizada na semana passada, mas o clube argentino pediu o adiamento em razão da morte de Diego Maradona. O time brasileiro recebe o adversário no Beira-Rio, às 21h30.
Em 2019, ano em que foi campeão, o Flamengo também teve uma disputa de pênaltis nas oitavas. Diante do Emelec, a equipe carioca levou a melhor por 4 a 2. Porém, desta vez, acabou sendo eliminado por 5 a 3. Esta é a segunda vez que Rogério Ceni cai com o time em um mata-mata.
O JOGO – Ceni promoveu algumas mudanças na formação do Flamengo em relação ao jogo de ida. Foram elas: as entradas de Isla, Rodrigo Caio, Gustavo Henrique e Vitinho na equipe titular. Mesmo sem Gabigol, machucado, o Flamengo começou pressionando a saída de bola argentina. Das vezes em que foi apertado, o time rubro-negro conseguiu superar a pressão adversária e saiu jogando pela esquerda, com Filipe Luis, Arrascaeta, Vitinho e Bruno Henrique. Diferente de como foi no primeiro duelo, o Racing optou por não sair tanto para o ataque.
Jogando em casa, foi o Flamengo quem propôs o maior número de tentativas de gol no primeiro tempo. O Racing, ao contrário, pouco ameaçou. As jogadas individuais muitas vezes terminaram em escanteio para a equipe carioca, que mostrou ter uma boa arma nesses lances. Gustavo Henrique ofereceu perigo algumas vezes, ora jogando a bola em direção ao gol, ora ajeitando para um companheiro.
Após apertar a defesa do Racing, o Flamengo teve uma ótima chance com Vitinho. Aos 24 minutos, o atacante ficou cara a cara com o goleiro, mas acabou desperdiçando a oportunidade. Dois minutos depois, Rodrigo Caio aplicou um carrinho de frente no adversário, parando a jogada. O defensor acabou punido com cartão amarelo, o primeiro do jogo.
Aos 44, Vitinho perdeu a melhor chance do jogo. Após roubada de bola de Bruno Henrique ainda no campo defensivo rubro-negro, o atacante acabou achando Arrascaeta pela direita. O uruguaio mostrou toda classe e imediatamente esticou a bola pra Vitinho no outro lado do campo. O camisa 11, cara a cara com o goleiro, optou por bater rasteiro e a bola tirou tinta da trave do Racing
Os dois times voltaram dos vestiários sem alterações. O Flamengo começou no mesmo ritmo que terminou a primeira etapa. Desta vez, concentrando seus ataques não só pela esquerda, mas como começou a usar Isla pela direita. Foram criadas mais oportunidades, mas ainda assim não conseguiu finalizar de forma satisfatória. Do outro lado, o Racing continuou apostando nos contra-ataques, tentando surpreender a defesa rubro-negra.
Aos 17 minutos, Rodrigo Caio levou o segundo cartão amarelo após entrada por trás no adversário. A expulsão do defensor obrigou Ceni a mexer na equipe. Arrascaeta acabou sendo o escolhido para ir para o vestiário, enquanto João Gomes entrou em campo. Com isso, Willian Arão foi deslocado para a defesa.
No primeiro lance após a expulsão de Rodrigo Caio, Gustavo Henrique se atrapalhou dentro da área com Lisandro López. O zagueiro Sigali aproveitou a sobra dentro da área e colocou a bola para dentro do gol. O VAR analisou as imagens e confirmou a posição legal do jogador do Racing.
Ceni, então, mexeu no time novamente. Desta vez, optou por tirar Éverton Ribeiro para a entrada de Pedro. O centroavante logo teve sua primeira chance após jogada de Vitinho, mas a defesa acabou cortando. Sem seus meias, o Flamengo teve de contar com seus pontas para a criação das jogadas, o que não surtiu muito efeito.
Aos 32 minutos, Isla teve uma chance inacreditável com bola levantada dentro da área. Mas o lateral acabou não finalizando, facilitando a ação do goleiro Arias. A partir deste lance, o arqueiro passou a ser o herói do Racing, defendendo dois cabeceios perigosos de Bruno Henrique e Willian Arão.
Nos minutos finais, Ceni optou por colocar Diego no lugar de Gustavo Henrique, tentando dar mais ofensividade ao time. Mas, no desespero, o Flamengo praticamente não criou mais oportunidades reais de gol. Porém, precisou de apenas uma chance Em cruzamento de escanteio, Willian Arão subiu mais que os rivais e colocou a bola para dentro. Rojas ainda tentou de falta nos instantes finais, mas chutou por cima do gol.
Nos pênaltis, Willian Arão desperdiçou a quarta cobrança do Flamengo. Fabrício Domínguez foi para a quinta e decisiva penalidade e chutou alto, sem chances para Diego Alves, colocando o Racing nas quartas de final da Libertadores.
FICHA TÉCNICA:
FLAMENGO 1(3) x (5)1 RACING
FLAMENGO – Diego Alves; Isla, Rodrigo Caio, Gustavo Henrique (Diego) e Filipe Luís; Willian Arão, Gérson, Éverton Ribeiro (Pedro) e Arrascaeta (João Gomes); Vitinho e Bruno Henrique. Técnico: Rogério Ceni.
RACING – Arias; Fabricio Dominguez, Sigali, Nery Dominguez (Orbán) e Soto; Leonel Miranda, Matías Rojas, Mena e Reniero (Alcaraz); Fértoli e Lisandro López. Técnico: Sebastián Beccacece.
GOLS – Sigali, aos 19, e Willian Arão, aos 47 minutos do segundo tempo.
CARTÕES AMARELOS – Beccacece, Mena, Fabricio Dominguez e Filipe Luís.
CARTÕES VERMELHOS – Rodrigo Caio.
ÁRBITRO – Roberto Tobar (Chile).
LOCAL – Maracanã, no Rio (RJ).