No Estado, há cerca de 100 mil trabalhadores da Educação
Professores, coordenadores, pedagogos, serventes, auxiliares de secretaria e outro profissionais da educação serão priorizados na vacinação contra a Covid-19, assim que o Estado compre novos imunizantes. A informação foi passada pelo deputado estadual Bruno Lamas, (PSB), durante audiência pública da Comissão de Educação da Assembleia Legislativa (Ales), nesta segunda-feira (1).
O parlamentar é o presidente da comissão que realizou o evento a pedido do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Espírito Santo (Sindiupes) para discutir essa prioridade aos trabalhadores da Educação no dia em que as aulas presenciais tiveram início nas escolas da rede municipal de Vitória, Serra e Vila Velha
No cronograma do Ministério da Saúde, esses profissionais estão inseridos na terceira etapa de vacinação e serão imunizados após idosos, indígenas, trabalhadores da saúde e pessoas com doenças crônicas.
“Fiz contato com a Secretaria de Saúde. Conversei com o Nésio (Fernandes, secretário da Saúde) e com o governo do Estado. A decisão já está tomada. Os profissionais da Educação serão priorizados com a chegada da vacina. Ponto. Mesmo com o plano nacional de vacinação diga o contrário. Essa é uma decisão de governo”, frisou Bruno.
O deputado ainda insistiu: “Mas aí vem as perguntas: Qual é a chance de comprarmos a vacina? Quando isso vai ocorrer? O secretário me disse que é enorme. Nós nos associamos a alguns estados. Há um consórcio de 17 estados firmados para a compra de uma vacina russa (Sputnik V) ou de qualquer outra nacionalidade. Repito: com a chegada das novas doses, os profissionais da educação serão priorizados”.
Nesta terça-feira (2), o governador Renato Casagrande (PSB) vai até Brasília para uma visita na empresa União Química, que vai produzir a Sputnik V, em solo brasileiro, caso o imunizante seja aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Além disso, Casagrande informou que os governadores querem comprar vacinas da China e Índia. Em coletiva de imprensa na tarde desta segunda, informou que o Estado pode gastar até R$ 200 milhões na compra dos imunizantes.
“Com 2,5 milhões de vacinas, a gente vacinaria todas as pessoas acima de 60 anos e as dos grupos de risco, professores e profissionais de segurança pública”, frisou Casagrande.
Sindicato comemora
O anúncio do deputado Bruno Lamas foi motivo de comemoração por parte dos diretores do Sindiupes Gean Carlos Nunes, Ildebrando Paranhos, Noemia Simonassi e Lorraine Rangel, que estiveram presentes na audiência pública.
“Hoje, há muita preocupação e medo por parte dos profissionais em estarem contraindo a doença. Defendemos a prioridade na vacinação, tendo em vista o retorno das aulas presenciais, mesmo de forma híbrida. Com essa decisão (de priorizar os profissionais da Educação), o governador mostra responsabilidade com a comunidade escolar”, comemorou Noemia.
Segundo ela, só no Estado são 30 mil trabalhadores em Educação. Juntando com as redes municipais, totalizam 100 mil pessoas.
Além de Bruno e os diretores do Sindiupes, participaram da audiência pública os deputados Alexandre Quintino PSL), Sergio Majeski (PSB) e Luiz Durão (PDT).
Fonte: Tribuna Online