Ministro disse que estuda outros países para evitar disseminação, mas avisou que prefeitos decidem regras para trens e ônibus
O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, cobrou disciplina e uso de máscaras pelos usuários de transporte público no Brasil como forma de evitar ainda mais a disseminação do vírus que provoca a covid-19.
Em café da manhã com jornalistas, nesta terça-feira (13), o chefe da pasta anunciou uma campanha nacional para prevenir a contaminação, em parceria com o MDR (Ministério do Desenvolvimento Regional), mas avisou que as regras para trens e ônibus são determinadas pelas prefeituras.
“[É necessário] o uso de máscaras de maneira rigorosa, […] disciplina nos transportes urbanos. […] Vai ter um documento, que estará escrito, terá uma campanha [para prevenir a contaminação]. Estamos analisando a prática no mundo. A gente está estudando. Vamos apresentar ao ministro [Rogério Marinho, do Desenvolvimento Regional]. Provavelmente, será uma portaria conjunta com o MDR. As regras dos transportes públicos urbanos são de cada município”, afirmou.
O documento deverá ser apresentado na próxima quinta-feira (15) ao MDR. Queiroga demontrou muita preocupação com o transporte público porque as pessoas não conseguem manter o distanciamento, conforme mostram reportagens do R7 e da Record TV durante essa semana. Por isso, a pasta tenta encontrar uma fórmula para o brasileiro trabalhar com segurança.
Segunda dose atrasada
Queiroga estava acompanhado de técnicos do ministério na conversa com o jornalista. A coordenadora do PNI (Programa Nacional de Imunizações) do Ministério da Saúde, a enfermeira Francieli Fantinato, alertou que as coberturas vacinais vem tendo decréscimo.
“[Aproximandamente] 1,5 milhão de pessoas tomaram a primeira dose e não tomaram a segunda. Quem não foi nos 28 ou 84 dias [após a primeira dose], tem que ir”, alertou.
“Estamos avaliando esses impactos. A necessidade agora é de sentar com estados e municípios para recuperar essas necessidades vacinais. Essa redução de cobertura vacinal não é só com relação à pandemia”, disse.
A coordenadora do PNI disse ainda que o governo pretende vacinar 72,7 milhões de brasileiros em risco. “Atingindo esses grupos, a indicação é ampliar para toda população brasileira. […] Queremos a redução de complicações e óbitos, manutenção da força de trabalho e do setor de saúde”, informou.
Fonte: R7