Caso ganhou repercussão nesta segunda-feira (02), um dia após a vítima registrar a ocorrência na polícia
“O ácido estava em um vidrinho. Eles jogaram no meu rosto e esfregaram bastante no meu olho. Não falaram mais nada: quando me abordaram, falaram ‘perdeu’ e me jogaram no chão. Tentei ir para casa, mas não enxergava nada”. Estas foram algumas das palavras ditas pela vendedora de 20 anos, que alvo de um suposto assalto na última sexta-feira (30), no bairro Belvedere, na Serra.
O caso ganhou repercussão nesta segunda-feira (02), um dia após a vítima registrar a ocorrência na polícia.
Segundo a mãe da vendedora, de 58 anos, a filha foi abordada por dois bandidos armados, que anunciaram o assalto e roubaram os seus pertences. Em meio a ação, os criminosos desferiram vários golpes de facão e jogaram ácido no rosto da vendedora, que não terá seu nome preservado.
“Eu desci do ponto de ônibus, curvei a rua. Estava escuro. Eles vieram por trás de mim, tamparam minha boca e me jogaram no chão. Se ajoelharam em cima de mim, para segurar minha cabeça. Colocou a arma na minha cabeça e falou que era para eu cooperar. Eles pegaram uma sacola preta com ácido e colocaram na minha boca, para eu não gritar. O ácido estava em um vidrinho”, contou a vítima, em entrevista ao Jornal A Tribuna.
Um destes golpes de facão atingiu o tendão da vendedora, prejudicando a sua mobilidade.
“Eu levantei e tentei ir até a minha casa, mas eu não conseguia enxergar nada. Meu rosto está todo queimado. O olho graças a Deus não atingiu nada, minha boca está muito inchada. Eu achei até que era algum amigo meu fazendo uma brincadeira, depois que me jogaram no chão eu vi que não era e fiquei calada. Quando eles enfiaram o negócio na minha boca e começou a arder que eu gritei porque estava doendo. Achei que fosse um álcool. Fechei bem o olho e não atingiu”, disse.
Em depoimento à polícia, a vítima apontou a suspeita de que um ex-namorado possa ter cometido o crime. A polícia, por nota, disse que está investigando o caso.
“A Policia Civil informa que a ocorrência foi registrada, inicialmente, como lesão corporal e foi entregue na última sexta-feira (30), na Delegacia Regional de Serra pela Polícia Militar sem suspeitos conduzidos. O recipiente contendo o líquido utilizado pelos suspeitos foi apreendido e será encaminhado para análise na perícia da Polícia Civil”, diz a entidade.
Fonte: Tribuna online