Priscila Gonoring Rodrigues, de 30 anos, era moradora de Santa Leopoldina e estava desaparecida desde o dia 19 de junho. Confirmação sobre a identidade da vítima ocorreu no dia em que ela completaria aniversário

A polícia descobriu que os dois corpos encontrados carbonizados dentro de um carro, na região de Calogi, na Serra, no final de junho, são da salgadeira Priscila Gonoring Rodrigues, de 30 anos, e do marido dela, que não teve a identidade revelada. Priscila era moradora de Santa Leopoldina, na região serrana do estado, e estava desaparecida desde o dia 19 de junho.

O carro foi encontrado, todo destruído pelas chamas, no dia seguinte ao desaparecimento da mulher. Desde então, familiares de Priscila desconfiaram que um dos corpos que estavam dentro do veículo pudesse ser dela.

A confirmação ocorreu na segunda-feira (02). Parentes da vítima estiveram no Departamento Médico Legal (DML) de Vitória, no final da manhã desta terça (03), depois de receberem a confirmação do exame de DNA feito nos corpos carbonizados.

O laudo foi concluído justamente no dia em que Priscila completaria mais um aniversário. 

“Essa notícia abalou a gente, principalmente pelo fato de ser no aniversário dela. Para a gente, está muito difícil, principalmente para a nossa mãe, que tinha acabado de receber ela em casa. Ela estava morando com mamãe recentemente. E mamãe dava muito apoio a ela, a ajudava muito. Ela tinha três filhos pequenos”, contou o irmão da vítima, Edson Gonoring Rodrigues.

Edson lembra como foi o desaparecimento da salgadeira. “No dia 19 de junho, a Priscila havia saído com o namorado e não deu mais notícia até então”.

No dia 20 de junho, quando o carro foi localizado, os corpos estavam tão queimados que a polícia não conseguiu precisar o sexo das vítimas. No entanto, a placa do veículo não foi destruída. 

Desde então, segundo Edson, a família não teve um dia de paz. “A gente ficou sabendo, por meio de reportagem, que foi encontrado um carro, com dois corpos, na região de Calogi. Como ela estava desaparecida, a gente foi ver que carro era esse. E a gente confirmou que era o carro deles, mas não tinha ainda a confirmação dos corpos até ontem [segunda-feira]”, contou.

Por enquanto, segundo a família de Priscila, a motivação do crime ainda é desconhecida. “A Priscila não tinha motivo para uma situação dessa. Ela fazia salgados na cidade, fazia torta, cozinhava de vez em quando, e todo mundo gostava dela. Ela era muito animada, gostava de curtir com os amigos, brincar com todo mundo. Então está sendo bem pesado para a cidade inteira e ninguém faz ideia do que pode ter levado a tamanha crueldade”, disse o irmão.

Segundo ele, a família está atrás de respostas e justiça. “Eu espero que a Polícia Civil esteja realmente trabalhando, porque a gente não tem como saber, eles não falam nada. Mas eu espero, do fundo do coração, que eles estejam verificando os fatos, correndo atrás de resolver esse caso, porque foi alto realmente muito cruel e sem justificativa, porque a gente não sabe o que pode ter levado a isso. Sinceramente, eu só quero que seja feita a justiça”, declarou.

Fonte: Folha Vitória