Renato Gaúcho criticou a não marcação de um pênalti em Vitinho, que sofreu um cotovelada de Yuri na reta final do confronto dentro da área

O técnico Renato Gaúcho não escondeu o descontentamento com o VAR após o empate do Flamengo com o Cuiabá por 0 a 0 no Maracanã, em partida válida pela 27ª rodada do Brasileirão, neste domingo. Ele criticou a não marcação de um pênalti em Vitinho, que sofreu um cotovelada de Yuri na reta final do confronto dentro da área. Renato disse que o “VAR tem que parar de apitar o jogo” e ressaltou que a cotovela mesmo sem querer, também é falta

– Há muito tempo que venho falando que o VAR apita os jogos, não é no jogo de hoje, é em qualquer jogo. Eu converso com os árbitros, o lance duvidoso dentro da área, não é o árbitro do VAR se decide se é pênalti ou se não é. Ele tem que chamar o árbitro do jogo. Eu estava vendo agora no vestiário o lance do Vitinho. Não costumo falar de arbitragem, não é porque nós empatamos, que as pessoas vão falar “ah, o Renato está falando da arbitragem”.

– Então, eu deixo para os especialistas mostrarem o lance e comentarem da cotovelada que o Vitinho tomou no jogo. Se é um lance fora da área ou no meio de campo, o jogador é expulso. Eu já vi vários jogos, e com uma cotovelada dessa, por menos, o jogador é expulso. E tem que ser expulso, inclusive meu jogadores se derem uma cotovelada dessa. Aí eu pergunto: por que o árbitro não foi chamado para revisar o lance? Eu quero que os especialistas me digam se isso é falta ou não. Se é no meio de campo, é expulsão. Quer dizer, então, que se for dentro da área, eu não vou dar o pênalti? Eu não vou chamar o árbitro? Estou cansado de bater nessa tese de que o VAR apita o jogo. Uma cotovelada é involuntária? Pode até ser sido sem querer, mas sem querer é falta. Não estou chorando, é para o bem do futebol. O VAR tem que parar de apitar o jogo – disse Renato.

O treinador também analisou o empate. Renato explicou que uma equipe talentosa, como o Flamengo de acordo com ele, precisa de espaço para construir. Nesse sentido, Renato ressaltou que o Rubro-Negro “martelou de todas as formas”, mas a estratégia do Cuiabá prevaleceu.

– Falar é fácil. Por exemplo, num momento que você pega uma equipe bem fechada, ela não te deixar chutar, tira todos os espaços. No futebol, é muito mais fácil destruir do que construir. Então, por mais talentosos que sejam os jogadores, se eles não tiverem os espaços para construir, fica difícil. É mais fácil você fazer uma falta, dar um chutão para frente, entregar a bola ao adversário e ficar fechadinho. Uma equipe que não se propôs a tomar o gol, não ofereceu perigo nenhum para gente, jogaram fechados.

– Fica difícil no momento em que o adversário se fecha totalmente, esquece de jogar e se preocupa só em não tomar gol. Eles vieram com essa proposta, a proposta para eles deu certo e, infelizmente, para a gente, que martelou, martelou, martelou, tentamos de todas as formas, mas a bola não entrou.

MOTIVO DA SAÍDA DE GABIGOL

– Gabigol quase que nem entra em campo. Ele passou mal no vestiário, passou mal no intervalo do jogo. Tomou remédio antes do jogo, tomou remédio no intervalo do jogo. Eu perguntei a ele, falei com o médico se teria condições. Ele estava passando mal. Pedi para ele voltar mais uns minutos para o segundo tempo. Se não desse, iria ter que tirá-lo.

– Então, num momento que ele estava passando mal do estômago, deixá-lo em campo… Ele, infelizmente, não estava bem no jogo, justamente por isso. Então, resolvi colocar um homem de área para tentar fazer alguma coisa. Deixei ele o máximo no campo, mas chegou um determinado momento que tive que tirá-lo.

FALTA DE OPORTUNIDADES PARA RAMON

– Porque nós temos um dos melhores laterais-esquerdo do mundo: Filipe Luís.

CHANCES DESPERDIÇADAS PARA REDUZIR DISTÂNCIA PARA O GALO

– É uma equipe que não vai ganhar todos os jogos. Não tem uma equipe no mundo que não vai ganhar todos os jogos, todo mundo vai tropeçar, o Atlético tropeçou hoje também. Infelizmente, nós tropeçamos também.

– Nós empatamos um jogo em casa que poderia ter reduzido ainda mais a diferença para o líder. Um jogo difícil, a gente já sabia, pegado e com poucos espaços. Tentamos de todas as formas, mas, infelizmente, a gente não conseguiu nosso objetivo que era a vitória.

Fonte: Lance