Menos de uma semana depois de classificação do Furacão na Copa do Brasil, duelo trouxe novamente as equipes rubro-negras frente a frente, desta vez pelo Brasileirão

O péssimo segundo tempo do Flamengo culminou no amargo empate em 2 a 2 com o Athletico-PR, que deixou o placar igualado já no acréscimos, depois de perder parcialmente por dois – até o intervalo. O jogo foi disputado nesta terça-feira, pela 4ª rodada (atrasada), e acentuou o trauma recente da queda na Copa do Brasil para o time carioca e ainda o complicou quanto às chances pelo título do Campeonato Brasileiro. Já o Furacão saiu com um sabor de triunfo.

No primeiro tempo, Gabigol marcou os dois do Flamengo, com direito à provocação. Pelo lado do Athletico, Renato Kayzer, que teve um cartão vermelho anulado pelo VAR, e Bissoli fizeram para os mandantes – ambos na etapa final. 

E ACABOU O JEJUM! 

Naturalmente acalorado pelos encardidos encontros recentes, o jogo iniciou a 220 volts. Trocação franca, com as equipes sem o interesse em ficar atrás e esperar o adversário. Mesmo assim, a primeira oportunidade clara ocorreu só aos 17 minutos, quando o placar foi inaugurado pelos visitantes. Michael fez boa jogada individual, Vitinho participou bem por dentro, fazendo corta-luz e se apresentando para o arremate. Em rebote, Gabigol escorou de primeira e… adivinha? Ao seu estilo, foi provocar os exaltados torcedores atleticanos para comemorar o fim de jejum de nove jogos pelo Fla sem ir às redes.

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GOL HUMILHANTE DO GABI 

A partida seguiu aberta e com o Athletico se atirando ainda mais ao ataque, mas o Flamengo soube suportar a blitz rival e foi além: ousou ao pressionar a saída do Furacão até o Santos, que, cercado por atacantes do Fla, errou no lançamento e permitiu que Isla roubasse a bola e servisse a Gabigol, que tocou com extrema categoria por cima do goleiro. Um lance humilhante e que permitiu a Gabriel Barbosa uma injeção maior de marra para orgulhar os seus e irritar os donos da casa. 

VERMELHO ANULADO E… TOMA-LHE POLÊMICA

O segundo gol de Gabigol (e do Flamengo) saiu aos 28 minutos. Dá para dizer que, depois dali, o Athletico esteve tão pilhado que interferiu diretamente no andamento do jogo, que passou a ser picotado até o intervalo. Mas um lance roubou a cena nesse ínterim. Kayzer, destemperado, acertou socos e chutes em Léo Pereira depois de dividida. O juiz Marielson Alves Silva o expulsou diretamente, mas o VAR solicitou uma consulta, que culminou no cancelamento do cartão vermelho e aplicação do amarelo. 

NO ABAFA, KAYZER DESCONTOU 

O Athletico seguiu ligado na tomada e voltou do vestiário na base do abafa para encontrar soluções e conseguir a primeira vitória com Alberto Valentim na Arena da Baixada, enquanto o Flamengo não se preocupou em ir ao ataque como antes, recuando suas linhas e aguardando erros. Mas o CAP aproveitou a guarda baixa dos rivais e descontou com Kayzer, também de rebote, depois de boa jogada pela ponta esquerda, com Nikão – o VAR teve que ser acionado para validar o lance. Frenético, o duelo estava com 20 minutos.

QUASE O EMPATE (POR QUATRO VEZES)

Esperas e polêmicas à parte, uma coisa era certa: entretenimento e tensão não faltaram na tarde deste feriado. O Athletico seguiu o atropelo no segundo tempo, empilhando finalizações e bolas alçadas. Terans chegou a fazer um gol no minuto seguinte ao de Kayzer, mas estava impedido e viu o lance ser anulado, depois da Arena explodir de euforia.

Kayzer, aliás, teve uma chance de ouro já perto dos acréscimos, quando os times estavam estafados e mexidos em profusão. Diego Alves saiu fora da área para atrapalhar a finalização, e a bola passou resvalando a trave. Tirou o “uh!” da torcida, frustrada com o resultado, sobretudo pelo Athletico ter feito um ótimo segundo tempo, menos pilhado e mais organizado para atacar, sendo que, para elevar o desespero dos paranaenses, Terans e Bissoli ainda pararam em Diego Alves, que operou dois milagres em sequência e pintava como um dos heróis da tarde. Era o que parecia…

ALVES FALHA, E EMPATE NO APAGAR DAS LUZES

Já aos 49 minutos, uma bomba que estava plantada enfim estourou, já que o Flamengo não soube resistir à pressão (passou longe, aliás). Bissoli completou para o gol e deixou tudo igual no apagar das luzes, depois de um escanteio cobrado e uma saída equivocada de Diego Alves, que encerrou como vilão. No segundo final, o Flamengo ainda certou uma bola na trave, com Gustavo Henrique, mas o empate prevaleceu num jogo frenético, imprevisível, de polêmicas e muita provocação. 

PRÓXIMOS COMPROMISSOS

O Athletico, agora, jogará pela 30ª rodada do Brasileirão: contra o Red Bull Bragantino, no domingo, fora de casa. O Flamengo, por sua vez, terá uma nova partida atrasada na agenda, Dessa vez será pela 19ª rodada, diante do Atlético-GO, no Maracanã e já nesta sexta-feira. 

FICHA TÉCNICA
ATHLETICO-PR 2 X 2 FLAMENGO – 4ª RODADA DO BRASILEIRO

Data e horário: 2/11/2021, às 16h
Estádio: Arena da Baixada, em Curitiba (PR)
Árbitro: Marielson Alves Silva (BA)
Assistentes: Alessandro Alvaro Rocha de Matos (Fifa/BA) e Elicarlos Franco de Oliveira (BA)
VAR: Marcio Henrique de Gois (SP)
Cartões amarelos: David Terans, Thiago Heleno, Renato Kayzer, Nicolás Hernández (CAP) / Léo Pereira e Andreas Pereira (FLA)
Cartões vermelhos: 

GOLS: Gabigol, 17’/1ºT (0-1), 28’/1ºT (0-2); Renato Kayzer, 19’/2ºT (1-2); Bissoli, 49’/2ºT (2-2)

ATHLETICO-PR (Técnico: Alberto Valentim)
Santos; Pedro Henrique, Thiago Heleno e Nicolás Hernández (Pedrinho, 31’/2ºT); Marcinho, Erick (Bissoli, 44’/2ºT), Léo Cittadini (Christian, 34’/2ºT) e Abner; Nikão, David Terans e Renato Kayzer.

FLAMENGO (Técnico: Renato Gaúcho)
Diego Alves; Isla (Matheuzinho, 37’/2ºT), Gustavo Henrique, Léo Pereira e Ramon; Willian Arão, Vitinho (Thiago Maia, 17’/2ºT), Andreas Pereira (Rodinei, 37’/2ºT) e Everton Ribeiro (Gomes, 48’/2ºT); Michael (Bruno Viana, 48’/2ºT) e Gabigol.

Fonte: Lance