Ellen Federizzi foi condenada a 24 anos, 6 meses e 29 dias de prisão; mulher não participou presencialmente do júri e teve mandado de prisão expedido

júri popular de Ellen Homiak da Silva Federizzi, réu confessa pela morte do marido Rodrigo Federezzi, terminou na noite desta segunda-feira (11), em Curitiba. Após aproximadamente 11 horas de julgamento, os jurados decidiram pela condenação da mulher. A pena estabelecida pela juíza foi de 24 anos, 6 meses e 29 dias.

O julgamento no Tribunal do Júri de Curitiba não contou com a presença de Ellen Federizzi. Na última sexta-feira (8), os representantes da réu pediram que ela participasse por videoconferência. Durante o relato de uma das testemunhas, a mãe de Ellen chegou a confessar que a filha havia se mudado para Minas Gerais. Com a informação, um promotor pediu a prisão imediata da mulher, pois ela não comunicou a mudança de endereço à Justiça.

Ao final do júri, Ellen foi condenada pelo homicídio de Rodrigo com as qualificadoras de motivo torpe e impossibilidade de defesa da vítima, e também por ocultação de cadáver. A mulher já teve o mandado de prisão expedido e deve ser localizada em breve.

A defesa de Ellen revelou que irá recorrer, com a intenção de reduzir a pena. Familiares de Rodrigo participaram do júri em Curitiba, revelaram a sensação de alívio pela condenação, mas lamentaram que Ellen não estivesse presente para sair do local de camburão.

O crime ocorreu no dia 28 de julho de 2016 no apartamento do casal, no bairro Tatuquara, em Curitiba. Ellen usou a arma da Polícia Militar, que estava em uso pelo marido, para matá-lo com um tiro nas costas. O filho do casal, na época com 9 anos, contou que acordou assustado, pensando que o pai tinha matado a mãe ou vice-versa. Foi quando a mãe o mandou brincar no parquinho do condomínio.

Este foi o momento que Ellen usou para cortar o corpo do marido. E ainda confessou que quando chegou no osso, ela não sabia o que fazer. Então além de usar uma faca de caça de Rodrigo, para cortar o corpo, usou um serrote para desmembrar os ossos. Depois ela colocou as partes do corpo em uma mala e o restante em sacos plásticos. Levou até a área rural de Araucária e enterrou em covas rasas por lá.

Para disfarçar o crime, dois dias depois, em 30 de julho, Ellen registrou um boletim de ocorrência pelo desaparecimento de Rodrigo. Conforme o relato da mulher, Rodrigo havia saído de casa para investigar pessoas que teriam roubado cerca de R$ 50 mil das contas do casal e não voltou.

Na realidade, o motivo da discussão do casal, que estava junto há 15 anos, era a cobrança do marido para que ela explicasse como gastou R$ 46 mil que estava na conta do casal. Quando esta verdade veio à tona, a suspeita alegou que era viciada em jogos de azar e era compradora compulsiva.

Ela chegou a ficar presa de 2016 até fevereiro de 2020, quando ganhou o direito de responder em liberdade.

Fonte: R7