Ao menos dois rapazes, ambos de 23 anos, já foram assassinados pelo regime dos aiatolás por participação em atos contra o governo

A Suprema Corte do Irã aceitou um apelo para um novo julgamento de um manifestante condenado à morte por seu suposto envolvimento nos protestos que abalam o país, informou a agência judiciária do país neste sábado (31).

O Irã é palco de uma onda de protestos desencadeados pelo assassinato, em 16 de setembro, de Mahsa Amini, uma iraniana curda de 22 anos, que morreu após ser detida pela polícia da moral por supostamente violar o rígido código de vestimenta da República Islâmica.

As autoridades, que denunciam “distúrbios” orquestrados por países estrangeiros e grupos de oposição, detiveram milhares de pessoas. Ao menos 10 foram condenados à morte.

“O recurso de Sahand Nourmohammad-Zadeh, um dos réus nos recentes tumultos, foi aceito pela Suprema Corte”, informou o Mizan Online no sábado.

O advogado dele, Hamed Ahmadi, disse à agência de notícias Ilna, em 21 de dezembro, que seu cliente de 26 anos foi condenado à morte por moharebeh (“guerra contra Deus”).

A justiça iraniana anunciou que condenou 11 pessoas à morte por seu papel nas manifestações. Alguns ativistas acreditam que o número é o dobro.

Dois presos no corredor da morte, ambos de 23 anos, já foram executados após serem considerados culpados de matar ou ferir membros das forças de segurança ou paramilitares.

As autoridades iranianas dizem que centenas de pessoas foram mortas durante os “motins”, incluindo dezenas de agentes de segurança.

Fonte: R7