Iago Corradi dos Santos, de 13 anos, teve fratura exposta, passou por cirurgia e está se recuperando em casa. De acordo com moradores, outros seis postes nas mesmas condições continuam na rua onde a família mora.
No dia 23 de fevereiro deste ano, a vida do adolescente Iago Corradi dos Santos mudou. Morador do bairro Adalberto Simão Nader, em Guarapari, na Grande Vitória, o garoto de 13 anos estacionou a bicicleta em frente ao portão de casa, quando voltava da escola, e um poste, com cerca de 40 anos de instalação, caiu em cima dele, causando uma fratura exposta na perna direita do menino, que sonha em ser jogador de futebol.
“Dizem que a vizinha gritou. Ela falou que eu olhei para cima, só que quando eu fui correr o poste já estava caindo”, disse Iago.
Mãe do menino, a professora Clarissa Souza Corradi disse que escutou uma vizinha gritando “socorre o menino” após o acidente, mas que inicialmente não enxergou onde o Iago estava.
“Aí quando olhei para a calçada, vi que era meu filho e descemos correndo. Eu cheguei e vi que a perna dele estava bastante ferida, comecei a gritar”, disse a mãe de Iago.
Socorrido pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e encaminhado para o Hospital Estadual Infantil Nossa Senhora da Glória, em Vitória, o menino passou por cirurgia para colocar um fixador na perna e ficou internado seis dias.
Pai de Iago, o comerciante Adilson dos Passos Júnior, disse que o poste causador do acidente foi instalado na comunidade há mais de 40 anos e que outros seis, com o mesmo estado de conservação, continuam na rua onde a família mora.
“Há uns quatro anos, foram substituídos alguns. No bairro ainda tem postes sendo utilizados. Nos grupos aqui da comunidade está todo mundo mostrando preocupação, e a gente gostaria de solicitar à prefeitura, à EDP para que possa fazer a vistoria aqui no bairro e a possível substituição. Porque estes postes correm o risco mesmo de cair”, disse.
Questionada sobre o assunto, a EDP, concessionária responsável pela energia elétrica, disse que trata-se de um poste padrão, que pertence e é de responsabilidade do cliente, não pertence da EDP.
Fonte: G1