O Sine de Vila Velha está iniciando uma nova ação para mobilizar empresas do setor produtivo a contratarem mão de obra feminina, com prioridade para mulheres vítimas de violência doméstica, que estão tentando uma inserção ou reinserção no mercado formal de trabalho. O programa Sensibilizar para Elas já está em fase de captação de vagas.

De acordo com a diretora do Sine de Vila Velha, Rogéria Ramos, o programa vai possibilitar uma nova oportunidade para mulheres que são obrigadas a conviver com a violência no ambiente familiar.

“Sabemos que a dependência financeira é um grande problema. Na verdade, é o maior empecilho para que as mulheres rompam seus relacionamentos e tentem uma nova vida, longe da violência, do desrespeito, da submissão e dos maus tratos. Por meio desta parceria com o setor empresarial, incluindo as empresas de confecção, daremos preferência a este público na hora das contratações”, reforçou a diretora.

Lei guarda sanção

O secretário de Desenvolvimento Econômico, Everaldo Colodetti, está otimista quanto aos resultados deste programa. Ele lembrou que o Senado já aprovou o PL 3.878/2020 que destina 10% das vagas do Sine, em todo o Brasil, para mulheres vítimas de violência e que a medida vem ao encontro das políticas públicas em andamento na prefeitura. A mobilização do Sine respeita a Lei 6.072/18, de autoria do então vereador Arnaldinho Borgo, que prevê destinação de vagas para mulheres vítimas de violência doméstica, como prevê a Lei Maria da Penha, como também mulheres sob medida protetiva e vítimas de tentativa de feminicídio.

“A proposição do Congresso Nacional aguarda a sanção da Presidência da República. Temos lei municipal de autoria do então vereador Arnaldinho que já demonstrava atenção a essa questão social. Agora, sob a regência do prefeito Arnaldinho estamos criando esse colchão de proteção e acolhimento delas, tão necessário para a independência financeira dessas mulheres. É deste modo que vamos conseguir transformar este triste quadro de violência enfrentado por uma grande parcela da população feminina”, disse Colodetti.

O programa é uma forma de incentivar as vítimas de violência doméstica a buscarem uma nova chance de ingressar ou de retornar ao mercado de trabalho: “Com um emprego garantido, elas podem conquistar autonomia financeira e sair da situação de vulnerabilidade em que se encontram”, afirmou o secretário.

Nos últimos anos, foram registrados 780 ocorrências de mulheres que sofreram violência doméstica e familiar em Vila Velha. A expectativa é de encaminhar, inicialmente, as vítimas acompanhadas pelo Conselho Municipal dos Direitos da Mulher (COMDDIM).

Fonte: Secretaria de Desenvolvimento Econômico