Casal alugou apartamento no litoral capixaba, mas houve uma discussão no primeiro dia de viagem; vítima foi agredida e mantida presa dentro de um quarto.
Uma mulher, moradora de Belo Horizonte, foi mantida em cárcere por quatro dias em um apartamento em Guarapari, no litoral do Espírito Santo. O suspeito de cometer o crime é o companheiro dela.
Crislene Maria Costa dos Santos contou que, assim que ela e o namorado André Luiz de Miranda Meira, de 44 anos, chegaram ao litoral capixaba, os dois se desentenderam. Ela disse que foi ofendida e, ao negar manter relações sexuais com o namorado, foi agredida e trancada em um dos quartos do apartamento.
A mulher contou que ficou na posse do aparelho celular. Fez um vídeo e publicou nas redes sociais, na esperança de que algum contato pudesse assistir e a ajudasse (veja acima). Uma amiga orientou que a vítima tentasse “enganar” o suspeito para que ele abrisse a porta do quarto.
Com o plano em execução, Crislene conseguiu pegar a chave do carro e dirigiu por mais de sete horas até Belo Horizonte, onde procurou a Delegacia da Mulher e registrou um boletim de ocorrência por ameaça, lesão corporal e cárcere privado.
A vítima também solicitou medida protetiva contra André. Ela contou aos policiais ter conhecido o suspeito há três meses, pela internet. Durante todo esse período, eles já tiveram outros desentendimentos por causa de ciúme. Alguns conhecidos, segundo ela, chegaram a fazer o alerta de que André era um homem violento e que já tinha agredido outras mulheres.
Ao fazer o registro, Crislene descobriu que André tem uma longa ficha criminal na polícia. O homem, inclusive, já esteve preso em 2021.
A Polícia Civil informou que a vítima foi atendida na delegacia, foi ouvida formalmente em cartório e solicitou as medidas protetivas de urgência, conforme previsão da Lei Maria da Penha.
Ainda segundo a PCMG, Crislene recebeu o devido encaminhamento para confecção dos exames periciais necessários para a comprovação dos delitos supostamente ocorridos.
Segundo a Polícia Civil, os autos foram remetidos para a delegacia de Guarapari, no Espírito Santo, onde ocorreram os fatos relatados pela vítima, para que as investigações possam ser continuadas.
Fonte: G1
