Empresa afirma que unidades escolhidas apresentam geração sistemática de caixa negativo. Em Vitória, a loja do Centro teve suas atividades
Em crise e após credores entrarem na Justiça pedindo a falência da rede Marisa, a empresa anunciou que a empresa vai fechar 91 unidades, em um processo que deve custar cerca de R$ 62 milhões. A tentativa do encerramento dos estabelecimentos em todo o Brasil é tentativa para regularizar sua situação financeira.
A varejista afirma que as unidades escolhidas apresentam geração sistemática de caixa negativo e que a decisão faz parte do Programa de Eficiência Operacional. De acordo com a companhia, 51 dessas lojas já tiveram suas operações encerradas. Uma delas foi a que funcionava no Centro de Vitória, fechada em maio.
Em maio, serão encerradas mais 33 unidades e, em junho, outros 33 estabelecimentos também fecharão as portas. Cada unidade da varejista emprega, em média, 20 profissionais.
De acordo com os credores que buscam reverter seus prejuízos na Justiça, as dívidas da empresa superam R$ 882 mil.
Os débitos são com a MGM Comércio de Acessórios de Moda, no valor de R$ 363.562,44; com a Plasútil Indústria e Comércios de Plásticos, de R$ 173.501,42; e com a Oneflip Indústria e Calçados, de R$ 345.733,98.
No primeiro trimestre de 2023, a Marisa registrou perda líquida de R$ 149 milhões, alta de 64,2% em comparação ao mesmo período em 2022. Mesmo assim, a empresa teve receita líquida positiva em comparação ao ano passado, com o faturamento de R$ 440,5 milhões.
O reestruturador de empresas João Pinheiro Nogueira Batista, que assumiu o comando das Lojas Marisa, há pouco mais de um mês, disse que a concorrência com as varejistas internacionais, como a Shein, prejudicou a companhia.
Fonte: Folha Vitória