Em reunião extraordinária nesta segunda-feira (5), a CPI dos Explosivos e Combustíveis aprovou o plano de trabalho para os próximos encontros. As investigações serão concentradas na atuação do segmento de distribuição e revenda de gasolina no Estado.

Deputados demonstraram preocupação com a qualidade e o alto valor do combustível vendido no Espírito Santo, bem como com a disparidade dos preços existente entre os municípios. Presidente do colegiado, o deputado Denninho Silva (União) disse que já possui material significativo sobre o tema. Ele adiantou que adotará sigilo em torno de algumas convocações.

“Estamos mexendo com pessoas que sonegam, que adulteram combustível, que roubam gasolina, pessoas de crime organizado”, justificou o parlamentar. Segundo explicou, a medida de sigilo tem o objetivo de evitar que os investigados atrapalhem os trabalhos legislativos.

“O que vai ser beneficiado aqui é exclusivamente o povo capixaba, que paga uma gasolina absurdamente alta, muitas vezes de uma qualidade péssima, porque é uma gasolina misturada, uma sonegação do etanol. (…) Sabemos já de alguns que sonegam, mas não vou falar aqui quem são”, frisou ele fazendo suspense.

Entre as deliberações do plano de trabalho há pedidos para que membros do Ministério Público do Estado (MPES) e das polícias Federal, Rodoviária Federal e Civil, além da Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Seama), Departamento e Edificações e Rodovias (DER-ES) e Agência Nacional do Petróleo (ANP) disponibilizem representantes para acompanhar a CPI.

Também foi aprovado o envio de diversas solicitações para obter detalhes acerca dos setores de distribuição e revenda de combustíveis, como o repasse de ICMS às empresas, entre outras medidas. A reunião teve a participação do relator, deputado João Coser (PT). O outro membro do colegiado, deputado Bispo Alves (Republicanos), justificou sua ausência dizendo que estava em consulta médica tratando da saúde.

Fonte: assessoria do deputado Denninho