Rubro-Negro teve problemas para furar bloqueio dos visitantes, especialmente no primeiro tempo, e consegue virada
Como já era esperado pelo técnico Jorge Sampaoli, o Flamengo encontrou muita dificuldade para furar o bloqueio de defesa imposto pelo Athletico Paranaense, no Maracanã. O Rubro-Negro reteve a posse de bola, mas não conseguiu ser incisivo o bastante como equipe, especialmente no primeiro tempo. Apesar disso, as soluções do argentino funcionaram, e a equipe, querendo ou não, mereceu a vantagem construída.
O duelo entre Flamengo e Athletico Paranaense começou frenético. Logo aos seis minutos, Canobbio abriu o placar após falha boba da defesa rubro-negra, envolvendo dois pilares do sistema: Pulgar e Fabrício Bruno. O zagueiro errou primeiro, ao sair até o meio-campo para marcar Vitor Bueno e cedeu espaços na zaga. Depois foi a vez do chileno perder a disputa crucial no alto com Vitor Roque, que conseguiu uma espécie de passe para o uruguaio marcar.
Como se o susto inicial não tivesse preocupado o bastante, o Flamengo fez um primeiro tempo abaixo da crítica. A equipe dominou totalmente a posse de bola (74%), como manda o manual de Sampaoli, mas não conseguia transformar o domínio em chances. Ao todo, foram apenas duas mais claras, a mais perigosa sendo em cobrança de falta de Arrascaeta, que passou triscando a trave de Bento.
O Rubro-Negro teve apenas uma finalização certa ao longo de toda a primeira etapa, com cinco fugindo da meta defendida pelo goleiro do Athletico. Faltava pontaria, mas o Flamengo também pecava na tranquilidade. A maioria dos ataques terminava em um cruzamento mal feito, geralmente por um atleta de cabeça baixa, para dentro da área. A equipe cruzou 23 vezes e errou em 18. Algumas peças também não iam bem, como era o caso de Wesley e até Pedro, espremido entre os zagueiros do adversário. Algo precisava mudar.
Antes de a festa ter sido decretada de vez no Maracanã, Sampaoli fez a movimentação mais importante da partida: tirou Victor Hugo, que vinha jogando bem, mas não encaixou nesta quarta-feira, e colocou Bruno Henrique em campo. O camisa 27 já vinha sendo pedido pela torcida e, seis minutos depois da substituição, deu motivo para que todos vibrassem, ao completar cruzamento perfeito de Arrascaeta. O Rei dos Clássicos marcou duas vezes nas últimas três partidas. Ele está de volta.
Apesar de ter sofrido um gol totalmente evitável e se complicado para encontrar soluções para a linha de cinco defensores do Athletico, o Flamengo foi, sem dúvida, merecedor da vitória. A equipe de Sampaoli quase dobrou o número de finalizações do adversário, terminou com 70% de posse e acertou mais de 93% dos passes na partida. O time não foi tão eficiente, é verdade, mas a ciência de que os paranaenses são “cascudos”, acostumados à decisões, deixa a virada ainda mais importante.
O jogo de volta só será na próxima quarta-feira, às 21h30 (de Brasília), em Curitiba, e o Rubro-Negro carioca tem a vantagem do empate no duelo. Antes de pensar na Copa do Brasil, o Flamengo terá outra decisão, dessa vez diante do Palmeiras, pelo Campeonato Brasileiro. Sampaoli e companhia vão até São Paulo no sábado (05) para enfrentar o Alviverde às 21h (também de Brasília), no Allianz Parque.
Fonte: Lance