O Governo do Estado e a mineradora Vale apresentaram, nesta quarta-feira (12), o cronograma para a implantação do Ramal Anchieta, uma extensão da Estrada de Ferro Vitória a Minas (EFVM) entre Santa Leopoldina e Anchieta. O projeto prevê uma linha tronco com extensão de cerca de 80 quilômetros e uma conexão com o Porto de Ubu e pátio ferroviário, totalizando aproximadamente 20 quilômetros de extensão.
A apresentação aconteceu no Palácio Anchieta, em Vitória, com as presenças do governador Renato Casagrande; do vice-governador e secretário de Estado de Desenvolvimento, Ricardo Ferraço; representantes da empresa; lideranças empresariais; e autoridades políticas.
“Quero agradecer a todos da Vale que estão aqui apresentando esse projeto tão bem arquitetado. Antigamente tinha governante que se achava o salvador da pátria, mas em nosso governo gostamos de compartilhar as conquistas. Nós queremos juntos fazer o desenvolvimento do Espírito Santo. Geramos mais empregos e crescemos acima da média nacional. Não é o governador sozinho que faz isso. É o resultado da ação de todos nós”, disse Casagrande.
A empresa vem, desde 2020, realizando estudos técnicos como topografia, sondagem e análise geofísica, social e ambiental ao longo do traçado. O projeto básico já foi concluído para o trecho da linha tronco e está em desenvolvimento o trecho de conexão com Ubu. No início do próximo ano, com a conclusão dos estudos, a Vale deve entrar com o pedido de Licenciamento Ambiental Prévio junto aos órgãos competentes e também realizará estudos complementares para obtenção da Licença de Instalação.
“Avançamos muito no desenvolvimento do projeto, que vem sendo acompanhado por um grupo de trabalho coordenado pelo Governo do Estado e composto por representantes de órgãos públicos, da Federação das Indústrias (Findes), do ES em Ação e da Vale. A partir do momento em que tivermos todas as licenças e a liberação das áreas para as obras, o prazo de implantação da ferrovia é de cerca de 60 meses”, destacou o diretor de Assuntos Regulatórios da Vale, Marcelo Sampaio.
Casagrande falou ainda sobre o projeto: “A Vale é uma potência mundial que está assumindo um compromisso público de fazer a ferrovia. A partir de agora tem cronograma, prazo e todos nós podemos ajudar. Os gargalos agora são as desapropriações e licenças ambientais. Os prefeitos podem nos ajudar muito na questão das desapropriações. Vamos fazer nossa parte para dar suporte para a empresa iniciar o mais rápido possível as obras.”
Ferrovia Kennedy
Além de construir o Ramal Anchieta, a Vale se comprometeu voluntariamente a doar o projeto básico da Ferrovia Kennedy, um trecho de 87 quilômetros que liga o Ramal Anchieta ao município de Presidente Kennedy, que representa o primeiro trecho da EF-118. O projeto básico é fundamental para viabilizar investimentos desse porte, tanto na priorização de ações junto aos órgãos públicos quanto na atração de parceiros e investimentos para sua construção.
A previsão é que o projeto seja doado ao Governo do Espírito Santo em 2024.
“Esse esforço de colaboração é fundamental, na medida em que a Vale apresentou no dia de hoje um cronograma demonstrando claramente que o projeto de engenharia está pronto, que os estudos ambientais estão prontos. Este não é um projeto do Governo e nem da Vale, é um projeto do estado do Espírito Santo, que será vetor de muita prosperidade e de muita geração de oportunidades, principalmente no Sul capixaba”, comentou Ferraço.
O vice-governador e secretário de Desenvolvimento destacou a relevância do projeto para toda a região. “No primeiro momento, chegamos ao polo industrial de Anchieta e no segundo momento, queremos chegar na divisa com o Rio de Janeiro, onde teremos o complexo do Porto Central. Será um grande horizonte de oportunidades para a região sul. Vamos trabalhar para que o Estado continue prosperando. Serão R$ 6 bilhões de investimento, na primeira etapa, que vão gerar cerca de 1,5 mil postos de trabalho”, completou.
Fonte: Assessoria de Comunicação do Governo