O caso corre em segredo de justiça. O menino foi conduzido a um abrigo até que se comprove realmente que tenha sido um cachorro que teria estuprado a criança. A mãe está em estado de choque.

Um menino de 5 anos deu entrada no Pronto Atendimento Médico de Anchieta – PA, nesta sexta-feira, 11, com sangramentos no ânus, supostamente vítima de estupro. 

Acontece que o suspeito do abuso é o cachorro da família, da raça Big American. Segundo informações extraoficiais, o garoto estava abaixado, evacuando no quintal de casa, quando foi atacado pelo animal. 

O hospital não confirmou a informação, já no Conselho Tutelar da cidade, os burburinhos são de que o fato realmente aconteceu e a criança foi encaminhada para o IML de Cachoeiro de Itapemirim – ES para realizar exames que constatarão ou não se houve algum tipo de abuso. 

 “A gente, na verdade, recebe a denúncia. Quando vai para o IML, eles vêm, informam ao Conselho se foi ou se não foi estupro. Mediante a denúncia, o Conselho decidiu então conduzir a criança para um local até que se prove o fato. Depois levamos para à Polícia Civil, mas eles não dão um retorno das ações deles para o Conselho, pelo caso ser sigiloso, não pode o violador ou a violadora fugir. O que acontece é que houve realmente o estupro”, ressaltou o conselheiro de plantão.


O caso corre em segredo de justiça. O menino foi conduzido a um abrigo até que se comprove realmente que tenha sido um cachorro que teria estuprado a criança. A mãe está em estado de choque.


“O Conselho está ciente desta ocorrência, a criança já foi levada para o IML. E a criança se encontra abrigada e em segurança”.


Segundo o conselheiro tutelar, os peritos do IML afirmaram que nunca viram um caso deste. “Esta é a visão dos médicos, dos peritos que atendem, mas a Polícia Civil vai investigar. A gente nunca viu um caso deste. A médica do IML disse que trabalha há 30 anos e nunca viu isto acontecer. Diante destes fatos, nós preferimos abrigar a criança”, assegurou o conselheiro de plantão.

O nome da criança ou bairro onde a família reside não foram revelados para manter a segurança e privacidade de todos os envolvidos. 

A delegada de Anchieta, Dra Maria da Glória Pessoti informou que irá investigar o caso. “Amanhã vou solicitar o laudo ao IML e intimar a mãe da criança para começar a entender o caso. Vamos analisar direitinho os fatos. Nunca, em minha vida, sequer ouvi falar que um cachorro tenha violentado sexualmente alguém”, ressaltou a delegada.

Prática incomum

Consultado um veterinário sobre a possibilidade de um cachorro estuprar um ser humano, ele disse que não é uma prática comum, entretanto, pode acontecer entre animais desta mesma espécie. Frisou ainda que pode até ocorrer de pessoas estimularem animais, que seria uma prática de zoofilia. No caso em tela, ele disse que a Polícia deve investigar o caso porque não é uma prática comum.

Já a zoofilia é praticada por humanos em animais, o que também é crime.

Zoofilia é um ato que pode parecer uma simples bobagem, mas não é. A zoofilia mostra a atração sexual de uma pessoa por animais. Mostra o desejo de uma pessoa em experimentar um ser diferente de sua espécie. No entanto, ela é uma vulneração dos direitos dos animais e uma falta de respeito para com eles. Por outro lado, trata-se de um sentimento que vai contra a própria essência do ser humano. O conceito zoofilia veio substituir o termo bestialidade utilizado em outros tempos desde sua origem.

Fonte: Folha do ES