Com 23 semanas de gestação, a internação é para monitorar a gravidez diariamente até o nascimento dos bebês Théo, Matteo, Lucca, Henry, Maytê e Eloá. O parto ainda não tem data para acontecer.
A dona de casa Quezia Romualdo, de 29 anos, que está grávida de sêxtuplos, foi internada em um hospital particular de Colatina, no Noroeste do Espírito Santo, cidade onde mora. Com 23 semanas de gestação, a internação é para monitorar a gravidez de perto até o nascimento dos bebês Théo, Matteo, Lucca, Henry, Maytê e Eloá. O parto ainda não tem data para acontecer.
“Chegou o dia da minha internação. Confesso para vocês que eu tô um pouquinho com o coração apertado”, disse Quezia nas redes sociais.
Um dos motivos que fez Quezia ficar aflita é porque ela e o marido, Magdiel Costa, de 31 anos, têm uma filha pequena, de 5 anos de idade, a Eloá. Com a internação, a mãe deve ficar vários dias longe da menina.
“Minha filha amanheceu não querendo ir para a escola porque ela achou que eu ia me internar pela manhã e começou a chorar. Eu conversei com ela. O pai dela vai conversar no hospital para liberar a entrada dela pelo menos no final de semana para amenizar a saudade”, relatou a mãe de Eloá e dos sêxtuplos.
Quezia disse ainda que vai conversar com a primogênita todos os dias por chamada de vídeo e que, em breve, estará em casa, já com os sêxtuplos no colo.
“Eu e os bebês estamos bem. O peso da barriga está muito grande, todos os bebês estão com mais 400 gramas cada um. Estou tranquila quanto à internação, sei que é o melhor a se fazer nesse momento”, disse a dona de casa.
Quezia foi internada no início da tarde e foi recepcionada por parte da equipe médica que atuará no parto dos bebês. A grávida recebeu do hospital seis bolsas de maternidade, bordadas com os nomes dos sêxtuplos. Eloá e os bebês também ganharam sapatinhos de presente.
“Com muito carinho, preparamos um kit de boas-vindas para essa família. A internação é uma medida de precaução. Caso ela entre em trabalho de parto, ou seja necessário antecipar o nascimento dos bebês, ela já estará em ambiente hospitalar com toda a estrutura necessária”, afirmou a médica Júlia Mattedi, diretora técnica São Bernardo Apart Hospital.
O médico obstetra Thiago Martinelli acompanha Quezia desde o início da gestação. Segundo o profissional, a expectativa é até dois meses de internação até o parto.
“Ela está entrando em uma época mais arriscada. Até agora está tudo bem, mas existe um risco grande de nascimento prematuro. Vamos internar para prevenção e acompanhamento mais próximo, diário”, disse o médico.
Desde o início, quando ficou sabendo que estava grávida de seis, Quezia sabia que estava tendo uma gestação especial. Então, a hora do parto também precisaria de uma operação delicada multiplicada por seis.
A mãe está quase no sexto mês e todo o suporte médico já está sendo planejado para o dia do nascimento dos bebês. Ao todo, 23 profissionais vão atuar no dia do parto, entre obstetras, pediatras, enfermeiros e anestesistas.
De acordo com a diretora técnica do hospital, Júlia Mattedi, esta equipe entrará em ação assim que houver um pedido do médico para a antecipação do parto.
“Essa equipe é composta por pelo menos dois anestesistas, seis pediatras, três cirurgiões, seis enfermeiros e mais seis técnicos de enfermagem. Outros especialistas como oftalmologista, cardiologista pediátrico, fisioterapeuta e neurologista também devem estar presentes no momento do parto. E nós já temos reservado também as seis vagas de Utin para essas crianças”, explica Júlia.
Após o nascimento, os seis bebês devem permanecer na Utin por alguns meses, até ganharem peso suficiente para ir para casa.
“Vamos imaginar que eles nasçam com 1kg cada um, é esperado que eles fiquem de dois a três meses só para ganhar peso. A média de ganho de peso é de 15 gramas ao dia, é bem devagarinho. Nesse período, a mãe poderá retirar o leite com a bombinha para as crianças serem amamentadas, ou contar com uma dieta própria para os prematuros caso ela tenha dificuldade nesse processo”, disse Júlia.
Fonte: G1