Aluno da rede pública municipal de Vila Velha, o jovem Pedro Felipe Santos Resende, 13 anos, foi diagnosticado com Transtorno do Espectro Autista (TEA), nome técnico do que popularmente se conhece por “autismo”, com apenas um ano e seis meses de vida. Segundo a mãe, Alessandra Santos da Silva Resende, o filho começou a desenvolver a fala aos sete meses, mas, ao completar um ano, parou de desenvolver a linguagem verbal. Porém, desde os seis anos, Pedro descobriu uma nova forma de comunicar: por meio da arte e dos desenhos.
Ao todo, já são 40 telas pintadas à mão, e cerca de 25 delas integram a exposição “Meu expressar”, que será aberta na próxima segunda-feira (18), na UMEI Prof. Nirlene de Oliveira Almeida, em Brisamar, com visitação das 7h às 17h. A mostra já passou também por espaços como a Biblioteca Municipal, o Museu Homero Massena e deve percorrer ainda este ano outras unidades de ensino.
Para a diretora da UMEI Prof. Nirlene de Oliveira Almeida, Maria Catarina Alves Mazuco, a iniciativa ajuda a incentivar outras mães a olharem para os potenciais das crianças e ajudarem a desenvolver novas habilidades. “Receber esse artista para expor suas obras de artes nos confirma que a inclusão é um marco para potencializar a capacidade de cada um, respeitando suas especificidades”, afirmou.
Sobre o artista Pedro Felipe
A história do Pedro Felipe com a arte começou em 2017. Segundo a mãe, Alessandra Santos da Silva Resende, um dia ele chegou da escola querendo contar sobre algo que aconteceu. “Foi então que ele descobriu esse ‘jeito de falar’ por meio do desenho e não parou mais. Assim, eu consigo saber o que está acontecendo na vida e na rotina dele”, contou.
A mãe relata ainda que, em 2021, Pedro se mudou com a família para uma casa nova. “Como nós mudamos sem nada, levou um tempo para montar o quarto dele. Em julho de 2022, o quarto ficou pronto, mas era tudo muito branco. Foi então que falei com ele ‘o que você acha de gente fazer um desenho para colocar na parede?’. Nesse momento, ele simplesmente levantou, pegou a tela, as tintas e os pinceis e pintou a sua primeira tela. Confesso que, quando ele terminou, eu comecei a chorar, fiquei encantada com a pintura”, disse.
Fonte: Secretaria de Educação