A suspeita é de que, em vez de azeite legítimo, as garrafas continham óleo misturado com essência de azeite, segundo a Decon.

Mais de 420 garrafas de azeite adulterado foram retiradas de circulação nesta quarta-feira (2), durante uma operação da Polícia Civil do Espírito Santo. Os produtos, pertencentes às marcas Serrano, Carcavelos e Pérola Negra, estavam à venda em dois supermercados, um em Cariacica e outro em Vila Velha. A suspeita é de que, em vez de azeite legítimo, as garrafas continham óleo misturado com essência de azeite, segundo a Delegacia Especializada de Defesa do Consumidor (Decon).

A operação foi realizada em parceria com o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). Uma das marcas já havia sido proibida pela Anvisa na semana anterior, enquanto as outras duas são suspeitas de terem sido produzidas no mesmo local. Os produtos apreendidos serão analisados pelo Mapa para verificar se há riscos à saúde dos consumidores.

O delegado Eduardo Passamani, responsável pela operação, afirmou que os azeites adulterados eram vendidos a preços significativamente mais baixos que os azeites de qualidade, variando entre R$ 26 e R$ 28, enquanto o preço médio de mercado gira em torno de R$ 40. Esse fator foi um dos principais indicativos de fraude.

Adulteração e fraude no mercado de azeites

De acordo com a investigação, os suspeitos distribuíam os azeites adulterados principalmente em redes de supermercados menores, dificultando a identificação e fiscalização. As marcas Serrano, Carcavelos e Pérola Negra foram suspensas de circulação, e a Polícia Civil abriu uma investigação para apurar a responsabilidade dos supermercados envolvidos na venda dos produtos proibidos.

Orientação aos consumidores

A Decon orienta os consumidores que adquiriram as marcas suspensas a retornarem aos estabelecimentos e exigirem a troca do produto. Caso os supermercados se recusem, os consumidores devem entrar em contato com o Procon. A fraude no setor de alimentos não só prejudica os consumidores financeiramente, como também pode representar um risco à saúde.

A polícia  reforça que casos de adulteração ou irregularidades no setor de alimentos podem ser denunciados de forma anônima através dos canais oficiais da Polícia Civil e Procon. A operação continuará em andamento para garantir a segurança e a saúde dos consumidores no Espírito Santo.

Fonte: ES 360