Operação Lobo Mau prendeu 36 suspeitos nos estados do Pará, Pernambuco, Piauí, Sergipe, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraná, Rio de Janeiro, Minas Gerais e São Paulo.
O Ministério Público classificou um dos líderes do grupo preso na manhã desta quinta-feira (31) por suspeita de cometer abuso sexual infantil como “uma pessoa extremamente perigosa”. Além dele, 35 pessoas foram presas durante a Operação Lobo Mau. Os mandados de prisão e de busca e apreensão foram cumpridos em 20 estados e no Distrito Federal.
O objetivo da operação era desarticular uma rede criminosa envolvida na produção, armazenamento e compartilhamento de material de abuso sexual infantil. A força-tarefa contou com o apoio de instituições internacionais e da Embaixada dos Estados Unidos.
Em entrevista à TV TEM, o promotor Fábio Sakamoto contou como as autoridades chegaram até o principal suspeito e explicou a forma como os crimes eram cometidos.
“O suspeito foi identificado pela nossa investigação, quando cruzamos ela com uma outra investigação, em paralelo, que ocorria em Matão (SP), por crimes que também estavam ligados à exploração sexual infantil. Ele era uma pessoa extremamente perigosa, que já não está mais circulando. Sobre os crimes, eles eram todos cometidos pela internet. As mídias eram vendidas como produtos em diversas plataformas”, explicou.
Conforme a investigação, um número expressivo de criminosos entrava em contato com crianças e adolescentes por meio de plataformas digitais para induzi-los a produzir conteúdo de nudez e até mesmo de sexo.
O Ministério Público informou que o material produzido era distribuído em grupos fechados de troca de mensagens, como o Telegram, o Instagram, o Signal e o WhatsApp. Conforme o MP, até jogos muito usados por crianças, como o Roblox, eram utilizados na abordagem a menores.
O homem que liderava o grupo é natural de Olímpia (SP), mas foi preso em Guarapari (ES).
Fonte: G1