Suspeito apresentou quatro versões diferentes até confessar o crime.

Uma adolescente de 15 anos foi encontrada morta em um loteamento entre um shopping e a rotatória da avenida Nações Unidas, em Sete Lagoas, na região Central do Estado. A vítima estava desaparecida desde a madrugada de domingo (24 de novembro). Cerca de uma hora após a mãe da garota registrar o desaparecimento, o corpo foi encontrado por um idoso que passeava com o cachorro pela manhã de domingo. 

A mãe contou que a filha saiu de casa na noite de sábado (24 de novembro) por volta de 21h para ir a uma festa sem a autorização dela. Por volta de 12h do domingo, a Polícia Militar foi informada de um corpo feminino seminu no bairro Jardim Arizona. 

Segundo a perícia, a adolescente estava morta com um corte profundo no pescoço. Foram identificadas marcas aparentes de pneu sobre a vítima, sendo recolhidos dois pedaços de plástico de cor prata, aparentemente de um parachoque de veículo que teria atropelado a vítima. Além disso, próximo ao corpo, estava escrito no chão de terra as iniciais “CBC”.

Durante as buscas sobre o crime, a PM foi informada que a adolescente estava na festa no bairro Esperança e deixou o local na companhia de dois homens em um Honda Civic prata. Na casa do suspeito de 24 anos, os militares encontraram um Honda Civic prata com o parachoque danificado. No pneu também foram encontradas marcas de sangue. 

Enquanto a ocorrência era registrada, esse suspeito apresentou quatro versões para o caso. Inicialmente, ele negou a situação. Depois, disse que o amigo de 21 anos teria estuprado a vítima. Por fim, assumiu o crime. A confissão ocorreu depois de o jovem de 21 anos afirmar que o suspeito o deixou em casa e ficou sozinho com a adolescente no carro. 

Segundo o suspeito, ele matou a adolescente sozinho, mas negou que teria estuprado a vítima, que foi encontrada seminua. Ele relatou que usou um cartão tipo canivete para ferir o pescoço da vítima e que atropelou a adolescente para que parecesse um acidente. Sem ser informado sobre as iniciais CBC encontradas no chão de terra, ele confessou que escreveu as letras para tentar encobrir a verdadeira história, uma vez que “já tinha ouvido falar em uma facção criminosa de nome Comando do Bairro do Carmo (CBC), o que poderia utilizar como álibi posteriormente, afirmando que a vítima estaria envolvida com bandidos dessa facção”. 

No veículo do suspeito foram encontradas manchas de sangue. Ele foi preso pelo homicídio. 

Fonte: O Tempo