O grupo é suspeito de cometer pelo menos 21 assassinatos ao longo de 20 meses.

Um vídeo que expõem a brutalidade do chamado “grupo de extermínio”, alvo de uma megaoperação em cinco estados brasileiros, foi divulgado nesta quinta-feira (12). As imagens mostram mulheres sendo torturadas pelos integrantes da organização criminosa, que buscavam informações sobre supostos esconderijos de drogas. Em um dos registros, uma vítima é agredida e ameaçada para revelar dados. Ela foi executada em janeiro de 2024.

Segundo as investigações, o grupo é suspeito de cometer pelo menos 21 assassinatos ao longo de 20 meses em Ponta Grossa, nos Campos Gerais, Paraná. Os crimes eram registrados em vídeo e enviados ou transmitidos ao líder da organização, que comandava as ações de dentro da Casa de Custódia de São José dos Pinhais.

O mandante, preso desde 2021 por tráfico de drogas, homicídio e associação criminosa, utilizava um celular para coordenar as execuções. Em uma das conversas acessadas pela polícia, ele orienta um comparsa a esconder a arma usada em um assassinato e, em seguida, recebe a foto da vítima já morta.

Na quarta-feira (11), o chefe da organização foi transferido para um presídio federal de segurança máxima, visando dificultar sua comunicação com os comparsas.

A operação para desmantelar o grupo envolveu mandados de prisão e busca e apreensão em cinco estados. O delegado Luís Gustavo Timossi explicou que a prisão do líder em uma unidade estadual não foi suficiente para impedir suas atividades criminosas, uma vez que ele mantinha acesso a dispositivos móveis.

As autoridades seguem apurando a extensão dos crimes cometidos pela organização, que inclui tráfico de drogas, homicídios e tortura. O caso levanta questões sobre a segurança nos presídios e a eficácia de medidas para prevenir a continuidade de ações criminosas comandadas de dentro das cadeias.

Fonte: Portal Tucumã