Para muitas mulheres o puerpério, que é o período após o parto, é marcado por dúvidas sobre amamentação, especialmente para aquelas que tiveram seu primeiro parto. E para esclarecer e orientar as mamães e aqueles que integram a sua rede de apoio, a Unidade de Saúde de Ulisses Guimarães promoveu, nessa terça-feira (15), uma roda de conversa conduzida por Monica Pontes, referência em amamentação com larga experiência com bancos de leite humano e professora da Universidade Vila Velha (UVV).
A roda de conversa, iniciativa para celebrar o Agosto Dourado, campanha que simboliza a luta pelo incentivo à amamentação, contou com a presença da equipe multidisciplinar da Unidade de Saúde, estudantes do curso de medicina e participantes do Programa de Interação Serviço, Ensino e Comunidade (PISEC).
Monica Pontes explica que incluir as pessoas que integram a rede de apoio na roda de conversa é de suma importância, pois, além de auxiliar nos cuidados com o bebê no período da amamentação, eles ajudam no empoderamento das mamães em relação a este processo, que é, sim, difícil.
“O ideal é que, desde o pré-natal, os profissionais de saúde conheçam quem é a rede de apoio da mãe. Abrir o debate para essas pessoas é essencial para que a mulher se empodere do processo materno com segurança”, explica a especialista, que ainda alerta: “Muitas avós são da época da mamadeira, e é necessário mostrar todas as opções para não oferecer esse objeto de amamentação para o bebê.
Dúvidas
O período da amamentação é rodeado de dúvidas. Muitas mulheres, principalmente as mães de primeira viagem, têm grandes dificuldades no processo de amamentação, desde os mitos de pensar que tem pouco leite, do leite não sustentar a criança, até as dificuldades reais, como dores relacionadas aos traumas mamilares, que tem muito a ver com a pega e a posição correta durante o processo de amamentação. “São as causas mais comuns que a gente, tanto na atenção primária quanto na visita domiciliar, consegue identificar, corrigir e melhorar o processo”, diz Pontes.
Outra grande preocupação apontada pela professora tem relação ao equívoco na comparação do ganho de peso de uma criança que se alimenta do leite materno com aquelas que tomam leite de fórmula.
Fonte: Secretaria de Saúde