Meia alongou pré-temporada e viu Nenê se tornar a referência do time. Analisa as possibilidades, se baseando nas funções feitas pelo camisa 10 no ano passado
O camisa 10 do Fluminense está de volta. Depois de estender a pré-temporada para realizar um trabalho de reequilíbrio muscular, Paulo Henrique Ganso vai ser relacionado para o partida deste domingo, contra o Botafogo, no Maracanã. O Clássico Vovô pode marcar a estreia do meia em 2020.
No entendimento da comissão técnica, Ganso é indispensável e por conta do histórico de lesões no joelho, foi necessário ter paciência para que o meia esteja à disposição da melhor formar possível. A cautela se justifica ainda mais por conta da lesão muscular na coxa esquerda, que o tirou das últimas rodadas do Brasileiro.
Em boa forma física, Ganso agora terá que readquirir ritmo de jogo. Ele vem participando sem nenhum tipo de restrições das atividades no Centro de Treinamento. No entanto, como diz a velha máxima, treino é treino e jogo é jogo. Por isso, a tendência é de que o camisa 10 inicie o clássico no banco de reservas. Mas quando estiver bem, o lugar cativo está garantido? O LANCE! analisou essa questão.
CONCORRÊNCIA FEROZ
Titular absoluto em 2019, Ganso viu o posto de dono do time ser ameaçado por Nenê, que com boas atuações, se transformou na referência técnica da equipe neste início de temporada. O experiente meia é o artilheiro do Fluminense no ano com três gols marcados, um deles de calcanhar dando a vitória no clássico sobre o Flamengo.
O desempenho de Nenê fez com que o técnico Odair Hellmann mudasse de opinião. Inicialmente o treinador afirmou que a tendência seria usar apenas um meia. Depois já considerou usar os dois na equipe. Baseado nas funções feitas por Ganso no ano passado e analisando o esquema tático atual do Fluminense, em alguns momentos, daria sim para jogarem juntos.
ARMANDO O JOGO DE TRÁS
Sob o comando de Fernando Diniz, Ganso chegou a atuar quase como um segundo homem de meio-campo, jogando na altura do círculo central, iniciando as jogadas ofensivas e, na medida do possível, dando combate e ajudando na marcação. Evidentemente que a proposta de ter sempre a posse de bola dava ao Fluminense a possibilidade de ter um meia atuando mais recuado.
Atualmente a proposta da equipe é um pouco diferente, dificultando a utilização do meia nesse setor. Ainda mais em um clássico, aumentando ainda mais o nível de dificuldade e competitividade. No entanto, Hudson está suspenso pelo terceiro cartão amarelo e é desfalque contra o Botafogo, uma boa oportunidade para testar Ganso no time sem ter que barrar Nenê.
INTELIGÊNCIA NO TERÇO FINAL
Já com Marcão, na reta final da temporada passada, Yuri ganhou a vaga de titular e o time passou a ter dois volantes. Com isso, Ganso foi adiantado, passando a jogar mais próximo da área, sem tantas atribuições defensivas. Apesar de jogar como um autêntico meia, o jogador não teve tanto destaque e acabou barrado nas partidas contra Chapecoense e Internacional.
Em 2020, o Fluminense tem uma equipe mais sólida defensivamente e também mais experiente, tirando um pouco o peso sobre Ganso de ter que ser o protagonista a todo momento. No time que foi a campo contra o Unión La Calera, o meia poderia jogar na vaga de Miguel, revezando com Nenê na armação das jogadas ofensivas, seja criando ou aparecendo para finalizar.
Fonte: Lance