Rubro-Negro vence, mas não convence diante do pior adversário da chave
Diante do Palestino, o Flamengo brincou com a sorte em diversos momentos do jogo, embora tenha conquistado uma vitória sem sofrer grandes sustos. Muito mais pela baixa qualidade do rival do que por méritos de uma defesa que vem apresentando uma solidez no início de temporada.
O Rubro-Negro venceu o adversário mais fraco de sua chave em casa por 2 a 0, sendo que Léo Ortiz balançou as redes para dar números finais ao duelo na bacia das almas. Na semana anterior, o Bolívar havia vencido a mesma equipe jogando fora da altitude por 4 a 0.
O Bolívar não tem mais time do que o Flamengo, mas demonstrou uma ambição em golear seu adversário que deixou a desejar para a equipe comandada por Tite. E fica o questionamento sobre se essa solidez defensiva, se essa equipe equilibrada se sustentará diante de adversários bem mais complicados que encontrará pela frente.
O “Titebol” que se contenta com o 2 a 0 diante do Palestino será suficiente para derrubar os concorrentes do Brasileirão, como Palmeiras, Atlético-MG e Grêmio? Apesar da invencibilidade na temporada e dos poucos gols sofridos, a sensação que passa é a de um elenco blasé, que se contenta com pouco mesmo quando pode fazer muito.
Nesta semana, o Rubro-Negro inicia a fase mais densa da temporada, onde as partidas de Libertadores, Brasileirão e Copa do Brasil irão se sobrepor semana após semana. E o Flamengo parece perdido, sem saber o que é prioridade. Em coletiva, Tite pediu à diretoria uma definição para traçar uma linha de trabalho mais direcionada pensando no longo prazo.
Apesar de uma vitória com poucos sustos reais do Palestino e relativamente tranquila pelo que foram os 90 minutos, o confronto coloca mais pulgas atrás da orelha do torcedor do que certezas. Onde esse time vai chegar com esse futebol? O que esse elenco ambiciona e como fará para chegar ao lugar em que almeja?
É preciso elevar o nível de futebol jogado até porque 2024 não será feito de Audax, Sampaio Corrêa e Boavista. A realidade passa a ser outra, e o plantel precisa entender que a exigência na temporada será alta, principalmente por conta da sede de títulos após um 2023 frustrante, marcado por vices e vexames.
Fonte: Lance