Tocantins e Amazonas estão entre os estados com taxas de sífilis congênita e adquirida maiores que a média nacional
Dados do Ministério da Saúde mostram que as taxas de sífilis vêm aumentando no país nos últimos anos. De 2010 a 2018, por exemplo, a incidência de sífilis congênita, transmitida da mãe para a criança durante a gestação ou parto, passou de 2,4 casos para 9 casos a cada 1.000 nascidos.
Já a detecção em gestantes saltou de 3,5 para 21,4 casos. No mesmo período, a sífilis adquirida, quando a transmissão ocorre por meio de relações sexuais, aumentou de 2,1 casos para 75,8 a cada 100 mil habitantes.
O Tocantins e o Amazonas estão entre os estados com taxas de sífilis congênita e adquirida maiores que a média nacional.
Depois do Rio de Janeiro, o Acre é o que mais registra casos da doença em gestantes.
Em entrevista ao programa Revista Brasil, da Rádio Nacional, a coordenadora-geral de Vigilância das Infecções Sexualmente Transmissíveis do Ministério da Saúde, Angélica Miranda, disse que os números são preocupantes.
Também em entrevista ao programa Revista Brasil, a pediatra e especialista em sífilis, Maria Gorete Santos Nogueira, falou sobre os sintomas da doença, que se manifesta inicialmente com uma ferida nos órgãos genitais ou na boca e que cicatriza sem tratamento. No entanto, isso não significa que houve cura.
Para reforçar a prevenção contra a sífilis e outras infecções sexualmente transmissíveis, o Ministério da Saúde desenvolve este mês a campanha ‘Sem camisinha você assume o risco”, voltada especialmente para jovens entre 15 e 29 anos.
A ideia é estimulá-los a procurar mais informações sobre as doenças para facilitar o diagnóstico precoce.
Fonte: Agência Brasil