Bandeira de Mello, porém, foi um dos indiciados no inquérito que apura causas e responsabilidades pelo Ministério Público do Rio de Janeiro
Presidente do Flamengo entre 2013 e 2018, Eduardo Bandeira de Mello buscou se eximir de responsabilidade pelo incêndio ocorrido no Ninho do Urubu, em fevereiro de 2019, que provocou a morte de dez jovens atletas das divisões de base do clube. Ao falar sobre o assunto, afirmou que a tragédia jamais teria ocorrido em sua gestão.
“Se eu ainda fosse presidente, tenho quase certeza que não teria acontecido o incêndio. Fiquei lá seis anos e não aconteceu nada. O que aconteceu ali, eu já não estava mais lá, sinceramente não sei qual foi a causa. Mas espero que o MP chegue à verdade. Porque é muito desagradável se ter inocentes sendo acusados de maneira totalmente injusta. Um deles sou eu”, afirmou, em entrevista ao blog do jornalista Jorge Nicola no YouTube.
Bandeira de Mello, porém, foi um dos indiciados no inquérito que apura causas e responsabilidades pelo Ministério Público do Rio de Janeiro. O ex-dirigente do Flamengo também lamentou o sofrimento provocado nas famílias pelas mortes e criticou a atual gestão do clube, hoje presidido por Rodolfo Landim, por não ter fechado um acordo de apoio ao financeiro aos parentes das vítimas fatais do incêndio.
“Nada se compara ao sofrimento dos pais e familiares dos meninos ao perder uma criança naquela situação. Na história do Flamengo não tem nada mais triste, nada mais vergonhoso e mais trágico. Acho que esse assunto com as famílias já deveria ter sido resolvido. O Flamengo teve a chance de resolver logo no início, com a defensoria e o MP. Eu não estou mais lá, não posso fazer nada”, disse.
Estadão Conteúdo