Apesar de o Espírito Santo não registrar nenhum caso suspeito de coronavírus, a Secretaria da Saúde (Sesa), através do Centro de Operações Estratégicas (COE), elaborou o Plano de Resposta às Emergências e pactouou com os municípios. O plano reúne as medidas necessárias para atuação dos serviços de saúde em todo Estado no controle da doença.
O coronavírus é um novo vírus que tem causado doença respiratória, com casos recentemente registrados na China.
Na tarde desta quinta-feira (30), o grupo esteve reunido para apresentar e avaliar as medidas relacionadas no plano e que serão adotadas para definir os casos. O documento segue o modelo nacional, mas insere algumas especificidades do Espírito Santo.
Estiveram presentes na reunião representantes da Sesa, do Colegiado de Secretarias Municipais de Saúde do Espírito Santo (Cosems), das Prefeituras de Vitória e Cariacica, do Hospital Estadual Infantil Nossa Senhora da Glória (Hinsg) e do Hospital Estadual Dr. Jayme Santos Neves (HEJSN).
Entre as definições apresentadas estão a definição dos hospitais de referência, que serão o HINSG, que é referência em atendimento pediátrico, e o HEJSN, que tem a expertise de atendimento a casos graves. A remoção dos pacientes com casos suspeitos para os hospitais de referência, de acordo com o plano, ficará a cargo do Serviço Móvel de Urgência (Samu 192) e do serviço de remoção estadual nos municípios que não têm Samu.
Em relação ao atendimento a ser realizado nos municípios, que poderá ser a porta de entrada de casos suspeitos, todos os profissionais já estão sendo orientados e capacitados para identificação da infecção. Os municípios também estão orientados a realizarem a comunicação obrigatória por meio do FormSUS, para que haja a notificação imediata dos possíveis casos.
O Laboratório Central do Espírito Santo (Lacen/ES) fica responsável pelas análises das amostras enviadas pelas unidades de saúde. No local, as amostras serão analisadas para triagem de outras viroses e, caso os resultados descartem casos de influenza ou outras viroses, o material será enviado para o laboratório de referência nacional, a Fiocruz para confirmação ou descarte do caso.
De acordo com o coordenador do COE, Luiz Carlos Reblin, não há motivo de alarde da população, já que não há casos confirmados da doença no Brasil. Ele destacou que, como forma de prevenção, as pessoas devem evitar contato próximo com pessoas que apresentem sintomas de infecções respiratórias, lavar as mãos com frequência, cobrir o nariz e a boca quando espirrar ou tossir e manter os ambientes ventilados. Neste momento para inserir a pessoa que apresentar qualquer sintoma de doença respiratória como caso suspeito de coronavírus, o coordenador explicou que a primeira pergunta a ser feita é se a pessoa esteve na China ou manteve contato com alguém que tenha estado no país asiático nas últimas semanas.
“Temos expertise nessas questões, pois temos casos graves de doenças respiratórias o ano inteiro. Não há motivo para alarme pois não temos nenhum caso suspeito registrado no Espírito Santo”, disse Reblin.