As relações entre os EUA e a China atingiram seu ponto mais baixo em décadas em meio a atritos sobre comércio, tecnologia, propriedade intelectual e uma série de outras questões
A ação do governo dos Estados Unidos de revogar os vistos de cerca de mil estudantes chineses foi considerada por Pequim como um ato de preconceito racial e perseguição política, de acordo com o Ministério das Relações Exteriores do país asiático A declaração foi dada pelo porta-voz da pasta, Zhao Lijian, um dia após o secretário de Segurança Interna dos EUA, Chad Wolf, afirmar que o Departamento confiscou os vistos de “certos estudantes chineses de pós-graduação e pesquisadores ligados à estratégia de fusão militar da China para impedi-los de roubar e se apropriar de pesquisas sensíveis”.
De acordo com Wolf, a China estava “usando os vistos dados a estudantes chineses para explorar a produção acadêmica americana”. Zhao respondeu afirmando que a medida prejudicou os “legítimos direitos e interesses dos chineses que estudam nos EUA”. O porta-voz também disse que o país “se reserva o direito de dar mais respostas” à ação do governo Trump. Os chineses constituem o maior grupo de estudantes estrangeiros nas faculdades e universidades americanas, com cerca de 370.000 matriculados.
As relações entre os EUA e a China atingiram seu ponto mais baixo em décadas em meio a atritos sobre comércio, tecnologia, propriedade intelectual e uma série de outras questões. Junto com estudantes de pós-graduação, o governo Trump acusou alguns jornalistas que trabalham para a mídia estatal chinesa nos EUA de espalhar propaganda pró-regime e espionagem. (Com informações da Associated Press).
Fonte: Estadão