Até sexta-feira (7), a cidade acumulava 685 registros da doença e 96 mortos, o que corresponde a uma taxa de letalidade de 14%, superior à estadual
Logo após a confirmação do primeiro caso do novo coronavírus em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, ao final de março, o prefeito Washington Reis (MDB) afirmou que as igrejas evangélicas ficariam abertas porque a cura do novo coronavírus viria de lá.
Desde então, a disseminação do vírus explodiu na terceira cidade mais populosa do Rio e Caxias se tornou o segundo município com o maior número de casos e de óbitos. Até sexta-feira (7), a cidade acumulava 685 registros da doença e 96 mortos, o que corresponde a uma taxa de letalidade de 14%, superior à estadual, de 10%, e à nacional, de 7%.
O decreto que ordenou o fechamento do comércio no município chegou tarde, apenas no dia 3 de abril, depois que todas as demais cidades da Baixada já haviam determinado a suspensão das atividades. Ainda assim, mesmo após o decreto da Prefeitura, diversos estabelecimentos seguem funcionando. Em alguns casos, sob ordens da milícia, que continua a extorquir os comerciantes com a cobrança de suas “taxas de segurança”.
Diante da demora na tomada de ações e da continuidade das atividades comerciais, os casos escalaram em Caxias. Um dos infectados foi o próprio prefeito Washington Reis, que buscou a cura da doença não nas igrejas evangélicas, mas em um hospital particular da zona sul da capital, onde ficou 13 dias internado.
Fonte: Jornal de Brasília