Time perdeu outra vez para o Atlético-GO em Itaquera. Desta vez pela Copa do Brasil. Atuação foi péssima. Escapou de goleada

Foi derrotado por 2 a 0, pelo Atlético Goianiense, mas poderia ter sido goleado. Para se classificar para as oitavas da Copa do Brasil, terá de vencer por 3 a 0. Ou vencer por dois gols de diferença e levar a decisão para os pênaltis.

Fagner foi expulso infantilmente.

“Não jogamos bem. Sabemos que tem que melhorar muito, não podemos aceitar isso, se trata de Corinthians. Ainda não acabou a competição, temos o jogo da semana que vem. Sabemos que é um resultado difícil de digerir, mas não está acabado, ainda mais se tratando da história do Corinthians”, dizia Gabriel, tendo de apelar para o passado do clube. Porque o atual futebol é assustador.

O time outra vez enfrentou o Atlético Goianiense, no mesmo cenário, em Itaquera. Na sua casa.

No primeiro jogo, domingo, veio a derrota por 1 a 0, valendo pelo Brasileiro. Pelo menos o time criou, lutou, correu, teve postura ofensiva.

O que aconteceu hoje, valendo pela Copa do Brasil, foi muito pior.

A equipe chegou a ter 68% de posse de bola, sem qualquer atacante fixo, o time não teve criatividade alguma. Insistiu em cruzamentos inócuos, improdutivos para a área goianiense

E deu muito espaço para contragolpes. Eduardo Barroca escolheu explorar o lado esquerdo da defesa corintiana, muito mal defendido por Lucas Piton. Dudu e Ronald tratavam de atacar nas costas do lateral. Não havia cobertura. O que foi desastroso.

O Corinthians marcava muito mal. Dava espaço importantíssimo nas intermediárias. A equipe atuou espaçada, com vários buracos. O que foi fatal, já que o elenco corintiano é muito limitado.

Os gols tiveram início nas intermediárias escancaradas da equipe de Sylvinho.

João Paulo, livre, serviu Dudu. A investida, treinada, foi buscar a linha de fundo. E, de lá, o cruzamento perfeito para Ronald fuzilar Cássio. 1 a 0, Atlético Goianiense.

Aos nove minutos de jogo, o Corinthians já estava assustado, tenso, impotente, diante do bloqueio nas intermediárias, muito bem montado por Barroca.

Com os nervos à flor da pele e muito mal posicionado, o time de Sylvinho tomou outro gol, no mesmo desenho tático, aos 19 minutos. Dez minutos depois, o treinador corintiano não percebeu que o Atlético Goianiense treinou muito explorar o lado esquerdo da defesa corintiana.

Raul Gustavo foi travado na intermediária. A bola sobrou para Ronald. O velocista correu muito, buscou a linha de fundo pela direita e cruzou para João Paulo marcar. 2 a 0.

Só aí, Sylvinho tratou de melhorar a marcação. Pediu para Piton ficar mais e liberou de vez Fagner. O experiente lateral e líder do elenco, se comportou como um juvenil.

Ele foi provocado por Zé Roberto, que deu uma entrada forte, aos 44 minutos do primeiro tempo, e tomou o cartão amarelo.

Fagner não se conteve e na primeira dividida entre os dois, um minuto depois, ‘descontou’, cometendo falta dura em Zé Roberto e levou o seu cartão amarelo de Bráulio da Silva Machado.

O primeiro tempo terminou de forma pesada, tensa para o Corinthians.

Sylvinho deu um voto de confiança no intervalo, voltando com o mesmo time.

A equipe, no entanto, seguiu sem oferecer perigo. E, pior, aos 17 minutos, Fagner, ainda não satisfeito com o amarelo, decidiu ir para outra dividida ríspida em Zé Roberto. E tomou o cartão vermelho.

Com dez jogadores, o Corinthians ficou de vez sem conseguir penetrar na defesa atleticana. 

E graças à competência de Cássio, que fez defesa sensacional, em chute cara-a-cara de Pablo Dyego, aos 32 minutos. Aos 33, cruzamento chegou para Lucão livre. Em vez de cabecear, ele bateu o ombro na bola, que beijou o travessão de Cássio.

A partir daí, Barroca tratou de segurar a excelente vantagem. E diminuiu o ritmo de jogo. Já Sylvinho, sem ousadia e com medo de tomar mais gols, aceitou a derrota.

Triste início de trabalho do novo técnico corintiano…

Fonte: R7