A infectologista explicou ainda que a regra muda para os casos de pacientes que apresentam a forma grave da doença e necessitam de internação
Dos 48 casos confirmados de covid-19 no Espírito Santo, 12 pacientes já foram considerados clinicamente curados. A grande maioria dos casos registrados no estado, de acordo com a Secretaria de Saúde (Sesa), são de pacientes que apresentam sintomas leves da doença.
A médica infectologista Lívia Figueiredo explicou que as autoridades sanitárias definem diferentes critérios para a cura, que dependem da gravidade da doença no paciente.
No caso de pacientes que apresentaram sintomas leves e que não necessitaram de internação, eles são considerados curados após o período de 14 dias de isolamento. Mas a especialista reforça que é necessário que esse paciente não apresente mais nenhum sintoma da doença.
“O paciente que teve sintomas leves, como uma gripe e foi diagnosticado com o Coronavírus, fica 14 dias isolado. Depois desses 14 dias, ele pode voltar a conviver com a sociedade, mas é importante que ele esteja assintomático, ou seja, ele precisa estar bem. Não pode ter febre, tosse, e aí sim ele te critério de cura”, explicou a infectologista.
Apesar da afirmação, a médica reforça que o Novo Coronavírus ainda é, de fato, uma novidade para a medicina, por isso, as informações sobre a cura são baseadas em observações feitas nos casos clínicos. Questionada se o paciente curado ainda pode transmitir o vírus, Lívia disparou: “acreditamos que não. Como é tudo muito novo, com os dados e estudos que a gente tem, é essa a recomendação. Se daqui a dois meses tivermos acesso a outros estudos, isso pode mudar”, disse.
A infectologista explicou ainda que a regra muda para os casos de pacientes que apresentam a forma grave da doença, necessitando de internação. Segundo a médica, nesses casos, o tempo de isolamento e o diagnóstico de cura são feitos pela equipe médica que cuidam dos casos, individualmente.
“Hoje, os pacientes que ficam graves, geralmente vão precisar ter um suporte ventilatório e vão precisar desse suporte por um tempo maior, são pacientes que geralmente ficam, em média, três semanas nesses ventiladores. Esses pacientes não vão ter o mesmo critério (de cura). Quando eles estão nos hospitais em estado grave, ficam em isolamento que não vai ser de 14 dias. Aí a avaliação vai ser individual pela equipe assistente desses pacientes graves”, finalizou.
Fonte: R7