Renato Mendonça foi morto após encontrar peças furtadas com um dos suspeitos; sargento da Marinha confessou crime
Um corpo foi encontrado na manhã desta segunda-feira (16), no rio Guandu, em Engenheiro Pedreira, Japeri, na Baixada Fluminense. Ele pode ser do policial civil Renato Couto de Mendonça, de 41 anos, morto por três militares da Marinha e pelo pai de um deles.
Segundo a confissão do sargento Bruno Santos de Lima, o agente e sua arma foram jogados de uma ponte no Arco Metropolitano. Agora, o corpo encontrado será encaminhado para identificação no Instituto Médico-Legal.
A vítima está desaparecida desde a última sexta-feira (13), após investigar, por conta própria, o furto de materiais que seriam utilizados na construção de uma casa na Tijuca, na zona norte do Rio. Renato teria encontrado as peças desviadas em um ferro-velho na praça da Bandeira.
O dono do local, Lourival Ferreira de Lima, é pai do sargento da Marinha Bruno Santos de Lima, que foi visto atirando contra o policial civil. De acordo com uma testemunha, Bruno disparou contra a perna e a barriga de Renato, que dizia não ter “feito nada”.
Além do sargento e do pai, o cabo Daris Fidelis Motta e o terceiro-sargento Manoel Vitor Silva Soares ajudaram no cerco ao policial e o colocaram dentro de uma van da Marinha. Todos foram detidos na madrugada de ontem (15). A polícia apreendeu a arma do crime na casa do sargento Bruno.
Renato Couto era perito papiloscopista desde 2016, no Instituto Félix Pacheco. Ele chegou a fazer parte da Marinha do Brasil aos 18 anos de idade.
A Marinha lamentou a morte de Renato e a conduta dos militares envolvidos no assassinato. O caso está a cargo da 18ª DP (praça da Bandeira).
Fonte: R7