Produto inflamável deve ser usado e armazenado com atenção para evitar acidentes domésticos e até incêndios
Em tempos de pandemia, o álcool gel se tornou indispensável para higienizar as mãos ou qualquer objeto que pode estar contaminado com o novo coronavírus. Por ser um produto inflamável, ou seja, que pode pegar fogo, o uso do produto exige atenção para evitar queimaduras e até incêndios.
Para que o álcool em gel comece a pegar fogo são necessários três elementos: um combustível, que é o etanol; um comburente, que é o oxigênio, e uma fonte de energia, que pode ser até uma faísca.
“O álcool gel contém cerca de 70% de etanol, que é um líquido inflamável. Sua queima é menos vigorosa que a versão líquida, mas é preciso tomar cuidado”, diz o químico Emiliano Chemello.
A chama provocada pela combustão de álcool em gel apresenta uma característica peculiar e potencialmente perigosa: é praticamente invisível em ambientes claros.
O uso do produto dentro da cozinha, por exemplo, pode oferecer riscos justamente pela dificuldade de perceber a chama. “É recomendado esperar alguns minutos após a higienização das mãos para trabalhar com fontes intensas de fogo, como o fogão”, orienta Emiliano.
Risco de incêndio
Um frasco de álcool gel deixado sob o sol não chega nem perto da temperatura de autocombustão do etanol, que é de aproximadamente 360ºC. Nessa situação específica, pode ocorrer fogo sem a necessidade de uma fonte de energia por perto.
O interior de um veículo também não chega a essa temperatura, mesmo em dias ensolarado, mas também não é o local ideal para armazenar um frasco do produto.
O especialista alerta que a faísca provocada pela eletricidade estática – a mesma que causa o choque quando encostamos no carro – pode fornecer energia suficiente para iniciar a queima do etanol e provocar um incêndio.
Fonte: Portal R7