Renato Casagrande anunciou, em pronunciamento neste sábado, o fechamento do comércio até o próximo dia 19 em todo o Espírito Santo

Renato Casagrande anunciou neste sábado (11) que grande parte do comércio continuará fechado por mais uma semana, até o próximo dia 19 de abril. O governador afirmou ainda que há possibilidade da abertura de alguns setores a partir do dia 20. Mas que a decisão será avaliada por um grupo de trabalho formado por membros do Governo do Estado e representantes de categorias do setor produtivo.

Segundo a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Espírito Santo (Fecomércio-ES), a decisão do governo deve resultar em demissões e um prejuízo ainda maior para os empresários.

“Estamos parados desde o dia 19 de março. Nós tínhamos a  expectativa de que o comércio fosse liberado já na próxima segunda-feira, nem que fosse gradativamente para alguns setores. Além do acúmulo de prejuízos, essa decisão deve resultar em 6 mil demissões na próxima semana em todo o Estado”, ressalta o presidente da Fecomércio, José Lino Sepulcri. 

Perda de faturamento no comércio do Estado chega a R$ 1,3 bilhão

Sepulcri revela que, pouco antes do anúncio,  participou de uma videoconferência com Casagrande, membros do setor produtivo e representantes do governo. Nela, debateram o tema e levaram ao governador a preocupação com os empregos dos capixabas e dos prejuízos dos micro e pequenos empresários, os mais impactados pela decisão. 

“Apresentamos diversos argumentos para garantir a abertura do comércio. Mas, em razão da pandemia, o governador achou que o isolamento social deve ser mantido em todo o estado. Preciso afirmar que a situação é pavorosa para grande parte dos empresários capixabas. Estimamos que cerca de 30 mil pessoas já ficaram desempregadas no Espírito Santo desde o início do fechamento do comércio, mas acredito que a situação se normalize até o próximo dia 20”, revela Sepulcri.

Ainda de acordo com o presidente da Fecomércio, já nesta segunda-feira (13), um grupo de estudo, formado por representantes da Federação do Comércio, Federação da Agricultura (Faes), Federação das Indústrias (Findes) e Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL), Ministério Público, outras instituições e membros do governo, voltam a debater os prejuízos para o Espírito Santo, as alternativas para conter os impactos e abertura do comércio. 

“Essa decisão do Governo do Estado nos causa uma grande preocupação, principalmente em relação aos comerciantes do interior, que podem não aceitar essa nova determinação e reabrir os estabelecimentos comerciais”, avalia Sepulcri. 

ABERTURA PARCIAL

Na última semana, Casagrande flexibilizou a abertura de outras atividades comerciais, sendo as lojas que vendem chocolate – por conta do período de Páscoa -, materiais de construção e de serviços automotivos. Mas as lojas deveriam trabalhar com a carga horária reduzida, das 10h até as 16h. 

Atualmente, de acordo com o Governo do Estado, somente os serviços essenciais à população permanecem abertos, como: supermercados, pet shop, distribuidores de gás de cozinha, padarias, postos de combustíveis, comércios atacadistas, feiras livres, lojas de conveniências e restaurantes. 

Fonte: Folha Vitória