Dois empresários foram presos durante uma operação da Polícia Civil para coibir o comércio clandestino de carnes em Guarapari. A ação foi realizada na última sexta-feira (14) por uma equipe da Delegacia Especializada de Defesa do Consumidor (Decon), mas as informações foram divulgadas nesta segunda-feira (17). Além das prisões, duas empresas suspeitas de vender os alimentos de clandestinamente foram interditadas na zona rural do município. Os nomes e idades dos presos não foram divulgados.
Segundo a Polícia Civil, os dois empresários são suspeitos de comprar restos de carnes que deveriam ser descartados e vender para frigoríficos, que produziam embutidos como salames e salsichas. Em maio deste ano, a polícia já havia apreendido 17 toneladas de material e interditado o local provisoriamente. Um dos presos já havia respondido pelo mesmo crime em 2022, segundo o titular da Delegacia Especializada de Defesa do Consumidor (Decon), delegado Eduardo Passamani.
Dois empresários são presos e comércios são interditados por suspeita de venda clandestina de carnes no ES. (Reprodução | Polícia Civil)
A Polícia Civil informou que 28 estabelecimentos, como açougues, frigoríficos e supermercados, são investigados por vender de forma irregular os restos de carnes para os empresários presos na operação. Eduardo Passamani afirmou que os proprietários destes comércios também podem responder por crime. “Os donos dos locais precisam saber o destino das carnes, precisam vender dentro das normas. O produto precisa ser regulado”, relatou.
A Polícia Civil também quer saber para onde os restos de carnes estavam sendo enviados, além dos locais mantidos pelos dois empresários. Pelo menos um frigorífico de Minas Gerais e dois do Espírito Santo foram identificados. Os nomes dos comércios e as cidades onde eles funcionam não foram informados.
Fonte: A Gazeta